sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

TeVê


Estado de Minas: 20/12/2013 



 (Rizzoli Film/Divulgação )

Simplesmente uma obra-prima


Clássico do cinema mundial dirigido pelo italiano Federico Fellini, a comédia dramática Julieta dos espíritos é o destaque de hoje do pacotão de filmes, às 22h, no canal Arte 1. Vencedor do Globo de Ouro na categoria melhor filme em língua estrangeira em 1966, o longa conta a história de uma mulher burguesa e casada (Giulietta Masina, foto) que vive de forma confortável em uma luxuosa casa. Porém uma evocação de espíritos a faz ficar atormentada por visões reveladoras de sua vida e do marido.

Muitas alternativas na  programação de filmes


Mas tem mais coisa boa na programação, como o polêmico Lemon tree, do israelense Eran Riklis, às 22h, na Cultura. No Telecine Premium, também às 22h, estreia o remake de Amanhecer violento. No mesmo horário, o assinante tem mais seis boas opções: Quero matar meu chefe, na HBO; MIB – Homens de preto 3, na HBO 2; O que eu mais desejo, no Max; E se fosse verdade, no Studio Universal; O código, no Telecine Action; e 007 – Opeação Skyfall, no Telecine Pipoca. E mais: Sintonia de amor, às 21h, no Comedy Central; Antônia – O filme, às 21h30, no Viva; Starsky & Hutch – Justiça em dobro, às 21h30, no Universal Channel; Armageddon, às 22h05, no TCM; e Missão Babilônia, às 22h30, no Megapix.

Cinema inspira debate  na série Contraplano


O cinema também é do Contraplano, às 22h, no SescTV. Mas apenas como inspiração para o debate sobre relações contemporâneas, com a participação do professor e curador de artes plásticas Tadeu Chiarelli e o palhaço, dramaturgo e diretor teatral Hugo Possolo. Eles discutem o tema a partir de trechos dos filmes E sua mãe também, de Alfonso Cuarón; Cão sem dono, de Beto Brant; Elvis e Madona, de Marcelo Laffite; e Olhe para mim de novo, de Kiko Goifman e Cláudia Priscila.

Documentário narra a  saga do Papa Francisco


No segmento dos documentários, o destaque é O papa do fim do mundo, sobre a vida de Jorge Mario Bergoglio. Até 13 de março deste ano, o jesuíta Bergoglio era apenas o arcebispo de Buenos Aires e cardeal-presbítero argentino. Nesse dia ele foi escolhido como o 266 º sumo pontífice da Igreja Católica, adotando o nome de papa Francisco. No canal History, às 23h.

Pacotão musical tem samba e bossa nova

Para fechar, música, com duas dicas do Canal Brasil. Para começar tem Karina Zeviani, do coletivo francês Nouvelle Vague, interpretando Loura e morena e Valsinha, a primeira de Aroldo Tapajós e Vinicius de Moraes e a segunda de Vinicius e Chico Buarque, no programa Cantoras do Brasil, às 18h45. Às 21h30, em O som do vinil, o sambista Jorge Aragão fala sobre o início da carreira e o sucesso com o disco Verão, gravado em 1983, além de sua paixão pelo Cacique de Ramos, a amizade com Beth Carvalho e o grupo Fundo de Quintal. No Viva, outro sambista, Zeca Pagodinho, é o convidado do programa Viva o sucesso, às 21h15.

CARAS & BOCAS » Mamãe precoce
Simone Castro


Estado de Minas: 20/12/2013 


Natália do Valle terá atriz apenas 10 anos mais nova como filha na próxima novela das nove na Globo (João Miguel Júnior/TV Globo)
Natália do Valle terá atriz apenas 10 anos mais nova como filha na próxima novela das nove na Globo

Júlia Lemmertz será protagonista da novela Em família, trama de Manoel Carlos que vai substituir Amor à vida (Globo), com estreia prevista para 3 de fevereiro. Um detalhe já desperta curiosidade: a mãe da personagem será interpretada por ninguém menos que Natália do Valle. Entre as atrizes há uma diferença de idade de apenas 10 anos. Natália tem 60, completados em março deste ano, mesmo mês em que Júlia festejou 50. Se na ficção parece que tudo vale, transportando para a vida real, para ser mãe de Júlia, Natália teria que ter engravidado da filha aos... 10 anos! A sinopse de Manoel Carlos traça assim o universo dos personagens: Chica (Natália) é irmã de Selma (Ana Beatriz Nogueira), casadas respectivamente com Ramiro (Oscar Magrini) e Itamar (Nelson Baskerville). Mãe de Helena, personagem de Júlia, Chica é tia de Laerte (Gabriel Braga Nunes), filho de Selma. E aí outra diferença de idade gritante: Ana Beatriz Nogueira tem 46 anos, apenas cinco a mais que Gabriel Braga Nunes, que faz o papel de seu filho na ficção. Ainda serão irmãos de Helena, Clara, vivida por Giovanna Antonelli, de 37 anos, e Felipe, papel de Thiago Mendonça, de 33. Pelo menos aí Natália foi “mamãe” no tempo certo. Em família, que terá três fases, vai centrar fogo na relação amorosa dos primos Helena e Laerte, que começou na infância e, na fase adulta, dividirá mãe e filha, ou seja, Helena e Luísa, vivida por Bruna Marquezine, vão disputar o mesmo homem.


SÍLVIA VOLTARÁ PARA SUA
VINGANÇA EM JOIA RARA


Depois de sofrer um acidente de carro, que cai em um precipício e explode, Sílvia (Nathalia Dill) será dada como morta em Joia rara (Globo). Mas nos próximos capítulos da novela, a designer reaparecerá muito machucada e inconsciente na casa de um casal de idosos. Ela chama pelo amante, Viktor (Rafael Cardoso), e pelo filho deles, Heitor. Vale lembrar que a moça sofrerá o acidente – na verdade um atentado encomendado por Manfred (Carmo Dalla Vecchia) –, depois de descobrir toda a verdade sobre a morte da primeira mulher de Ernest (José de Abreu), da qual seu pai foi acusado injustamente e acabou na prisão. O que Sílvia quer é limpar o nome dele e ressurgirá das cinzas para fazer justiça. Já Ernest também estará pagando seus pecados: na noite de Natal, Manfred busca o empresário no clube e diz que tem uma surpresa para ele em casa. Na mansão, ele enfrenta Ernest e o obriga a comer a ceia preparada por Gertrude (Ana Lúcia Torre). Depois, manda que ele abra os presentes. Em um dos embrulhos estão as cartas de Catarina e Heitor. Mais tarde, Ernest admite para Franz (Bruno Gagliasso) que é pai de Manfred.

CANAL VIVA VAI MOSTRAR
OS MELHORES MOMENTOS


Com um especial do Reviva, que vai ao ar segunda-feira, às 23h, o canal Viva (TV paga) fará uma retrospectiva com os melhores momentos da emissora nestes 12 meses. Sai de baixo ganhou episódios inéditos no aniversário do canal; Damas da TV estreou para homenagear as divas da televisão brasileira; as novelas Rainha da sucata, Anjo mau, A próxima vítima e Água viva, além das minisséries O primo Basílio, Mad Maria, As noivas de Copacabana e Um só coração, também entrarão na grade. O especial trará, ainda, entrevistas com Marília Pêra, Regina Duarte, Tony Ramos e Glória Pires, entre outros.

EX-PARTICIPANTES DO BBB
FOGEM DO CONFINAMENTO


O retorno às edições atuais de participantes dos BBBs anteriores parece fórmula que veio para ficar. Para o Big brother Brasil 14, que estreia em 14 de janeiro, já começaram as sondagens. No entanto, consta que Jakeline Leal, do BBB 12; Tina, que tocou fogo no BBB2; e Marcela, do BBB4, dispensaram o convite. A casa vai receber 20 jogadores, número recorde de concorrentes.

SUBSTITUTO PARA XUXA


Nos bastidores da Globo, ainda sem confirmação oficial, é dado como certo que André Marques, que ficou à frente da apresentação do Vídeo show por muitos anos, ganhará um programa nas tardes de sábado, substituindo o TV Xuxa, que estará fora da grade do canal no ano que vem. A produção, uma espécie de programa de calouros, seria um projeto do próprio André Marques. Ainda em janeiro serão exibidas as atrações já gravadas de Xuxa Meneghel.

VIVA
Fabíula Nascimento, a Matilde de Joia rara (Globo).

VAIA
Luís Melo e seu Atílio, desaparecidos em Amor à vida.

Cheio de graça - Carolina Braga


Cheio de graça 
 
Leandro Hassum estreia Até que a sorte nos separe 2, na semana que vem, e se prepara para estrelar seis longas-metragens em 2014, entre eles Capitão Gay 

Carolina Braga
Estado de Minas: 20/12/2013 

Sem problemas com o gênero, Leandro Hassum diz que as comédias estão levando famílias inteiras ao cinema (Blue Press/Divulgação  )
Sem problemas com o gênero, Leandro Hassum diz que as comédias estão levando famílias inteiras ao cinema

São Paulo – Quando ele passa, pode saber que haverá um rastro de risadas. É que Leandro Hassum é assim: faz graça com tudo e todos. “Agora, quando as pessoas falam ação eu não respondo mais. Só quando dizem action”, brinca sobre as filmagens de Até que a sorte nos separe 2 em Las Vegas. Assim ele vai emendando uma piada na outra. O filme dirigido por Roberto Santucci chega a 750 salas brasileiras no dia 27 com vocação de bater o feito do primeiro: o público recorde de 3,5 milhões de espectadores em 2012.

Boa parte do sucesso se deve às tiradas do fluminense da Ilha do Governador, ex-morador de Niterói, que escolheu a comédia como ofício e não esconde o orgulho. “Sei que muitos comediantes se magoam com essa história de dizer que a comédia não é reconhecida, não ganha prêmio. Cara, faço isso pelo público. Quero fazer as coisas serem divertidas”, diz. Ele não se tem decepcionado.

Aos 40 anos, Leandro Hassum completou uma década de participações no cinema nacional. O primeiro trabalho foi como Barba Azul, uma ponta em Xuxa abacadabra (2003), dirigido por Moacyr Góes. Dali em diante marcou presença em 13 longas-metragens (sucessos como Se eu fosse você e Até que a sorte nos separe estão nesta lista) e a dublagem de três animações, entre elas o Gru de Meu malvado favorito.

Para 2014, tem outros seis projetos em pauta. Entre os mais esperados estão filme sobre o personagem eternizado por Jô Soares, Capitão Gay, com direção de Luiz Henrique Fonseca, e O candidato, a primeira comédia política da dupla Santucci e Paulo Cursino, o roteirista da franquia Até que a sorte nos separe.

Mesmo com carreira extensa na TV, onde se tornou conhecido com os personagens de Zorra total, até hoje Hassum se diz um homem de teatro. “Sou um cara que não tenho ego algum na minha profissão, no sentido artístico. Não tem isso de estrela. Acredito muito na galera. A equipe com a qual estou trabalhando, seja no cinema ou na TV, é a minha primeira plateia. Faço para eles”, revela. O talento em fazer graça com o cotidiano foi detectado por uma professora, que sugeriu à mãe dele que o levasse para aulas de interpretação. Fez a tradicional Escola Tablado, no Rio de Janeiro, foi estudar nos Estados Unidos e logo identificou-se com o gênero.

“Sou histriônico e caricato, como todos sabem. Não tenho o menor problema quanto a isso. Eu, o Luiz Fernando Guimarães e o Pedro Cardoso temos uma persona muito forte, que sempre vai nos acompanhar. É uma bobagem tentar apagar isso”, afirma. Leandro Hassum é o típico ator que se entrega ao personagem. Se é em função da piada, vale tudo. “Sou um vendido. Essa barriga e esse rego de fora já pagaram um bocado de contas lá em casa”, brinca.

DE PRIMEIRA A única exigência que costuma fazer é que seja tudo de primeira, sem repetições desnecessárias de cena. Mas isso também tem fundamento. “Piada funciona é na espontaneidade”, frisa. Tanto é assim que a fama dele nos bastidores é do ator do improviso, que não segue o texto. Se vai ensaiar a cena, pode ter certeza de que ele vai guardar a brincadeira para depois do comando do diretor.

“Realmente, gosto muito de fazer isso. Mas preciso que tenha uma cama boa, um roteiro. A piada de improviso às vezes funciona e outras não. Se dá errado, preciso ter para onde voltar. Se tenho uma história bem contada não tem problema. Não se improvisa em cima do nada”, ressalta. Leandro Hassum é defensor da ideia de que todo improviso tem que atirar para dentro da história, para não correr o risco de tornar-se alegoria gratuita. “É um improviso para colaborar com a história. Não para atirar e ser apenas vaidoso. Quando faz só pela piada, fica pouco e vazio.”

Até que a sorte nos separe 2 deixa nítida essa situação. Como é a segunda vez que Leandro Hassum interpreta o esbanjador Tino, fica claro o quanto ele está à vontade em cena. Na continuação, sai Daniele Winits e entra Camila Morgado no papel de Jane, a esposa do protagonista. Também reforçam o elenco Kiko Mascarenhas, Rita Elmôr, Arlete Salles, Berta Loran e o lutador Anderson Silva.

Na continuação, a família falida sai da miséria graças à herança deixada por um tio de Jane. Para atender o último pedido do finado, eles embarcam para Las Vegas, onde Tino demonstra, mais uma vez, não levar muito jeito para gastar pouco. “Acho que tem espaço para tudo. O que as comédias estão fazendo é levar a família inteira para o cinema. O grande barato deste filme é isso”, defende.

Em cena com o ídolo



Leandro se divertiu com Jerry Lewis e ainda saiu com tatuagem no braço   (Gabriel Borges/Divulgação  )
Leandro se divertiu com Jerry Lewis e ainda saiu com tatuagem no braço

O reencontro de Leandro Hassum e o Tino de Até que a sorte nos separe 2 ganhou status de momento especial da carreira. Afinal de contas, contracenar com Jerry Lewis não é para qualquer um. O astro das comédias americanas faz uma rápida – mas luxuosa – participação especial no longa dirigido por Santucci. “Tive a oportunidade de ter uma aula com o cara que é o rei desse tipo de piada”, diz. O momento foi tão marcante que a caricatura de Jerry virou uma tatuagem no braço do ator, com direito a registro da data: 13/8/13.

Bem antes das filmagens em Las Vegas, Hassum e Santucci foram ao show que Jerry Lewis faz na cidade. Por acaso do destino, acabaram conhecendo um parente do ator americano, que iniciou a ponte com os agentes. “O empresário dele deu uma assustada na gente”, conta. A lista de restrições era tão grande que Leandro ficou com pavor de algo sair errado e no meio do caminho Jerry Lewis desistir de tudo.

“O Santucci teve uma reunião com o empresário e no dia da filmagem o Jerry quis sentar e me conhecer. Foi tensão total”, lembra. Mas o climão não durou muito tempo. Jerry se revelou um ator generoso, deu sugestões e até pediu que a participação fosse uma homenagem a um de seus filmes, O mensageiro trapalhão (Bellboy), de 1960, curiosamente o favorito de Hassum. “Fiquei bem nervoso e emocionado com tudo”, lembra. Ao terminar as filmagens, o brasileiro ganhou de presente do colega veterano uma foto com os dizeres: “Leo, you’re great, Jerry!”.

* A repórter viajou a convite da Paris Filmes.

>> Vem aí

Leandro Hassum nas telas em 2014


Capitão Gay
Vestido para casar
O candidato
A esperança é a última que morre
Os caras de pau
Eu não faço a menor ideia do que eu tô fazendo com a minha vida

CARLOS HERCULANO LOPES » Um ótimo Natal‏


CARLOS HERCULANO LOPES » Um ótimo Natal
Estado de Minas: 20/12/2013 





Por estas Minas Gerais, afora e adentro, ou para Marcelo Andrade, Amauri Rocha e Aparecida Schettini, em Viçosa; Paulo Narciso, Luiz Ribeiro e Maria Betânia Pires, em Montes Claros; Lauricy Belletti, em Carangola; Coeli e Chico Dupin, Zulmira Furbino, Edilene e Marcílio Lopes, em São Miguel e Almas de Guanhães; Maria Helena e Adélio Ferreira da Silva, em São José do Jacuri; Dilza e João, em Caxambu; Geraldo Filho, Núdia, e François Fusco, em Cataguases; Guilherme Mansur e Bernadete Cunha, em Ouro Preto; Yacyr Anderson de Freitas, Fernando Fiorese e Claudia Miranda, em Juiz de Fora; J.  D. Vital, em Barão de Cocais; Ailton Magioli, em Chiador; Elisa Peixoto, em Raul Soares; Maria Helena, Carlos Felipe e Idamaris Félix, em Itabira; Elza Sena, em Senhora do Porto; Márcio Almeida, em Oliveira; Hyeda Campos de Miranda e Rodrigo Leal, em Rio Vermelho; Merania e Roque Camelo, em Mariana; Silvana Mansur, em Buenópolis; Daltinho Canabrava, em Curvelo; Paulo Galvão, em Ninheiras; Oneida e Virgílio Garcia de Aguiar, em Laranjal; Narlei, em Cisneiros; Zenilca, em Tiradentes; Renilde Figueiredo e Álvaro Fraga, em Sete Lagoas; José Dumond e Ermelinda Souto, em Diamantina; Raimundo Zeferino de Carvalho (o Tim), Zé Wilson e Cleunice Higino, em Paulistas; Thereza Hilcar, em Lagoa da Prata; Maria Lúcia e Celso Pires Braga, na Serra da Piedade; Levi Jardim, em Santa Maria do Suaçuí; Diva Pimenta, em Itamarandiba; Regina Molina, Marlene Lopes e Olegário Alfredo, em Teófilo Otoni; Carolina Braga (a Carollinda), em Uberaba; Zé de Freitas e Adélia Prado, em Divinópolis; Lourdinha, Victor Aguiar (o Aguiarzinho) e Carlito Martins, em Governador Valadares; Carlos Alberto Pimenta, Roberto Carlos Alves, Rosangela e Walter Evangelista dos Santos, em São João Evangelista; Drummond Amorim e Tião Nunes, em Bocaiúva; Tetê Monteiro, em Ibertioga; Maria Esther Maciel, Marlene Pinheiro e Chaulim, em Patos de Minas; Leila Ferreira, Dirceu e Eduardo Ávila, em Araxá; Pedro Ferreira, Beatriz e Gilmar Caires, em Machacalis; Carlos Diamantino, em Manga; Roberto Rivelino (o Buscapé), em Pirapora; Maria Coeli Simões, Edmo Márcio de Jesus (o Dinho) e Marta Freire, no Serro; Hélia Ventura, em Santo Antônio do Itambé; Tadeu Martins, em Itaobim; Arnaldo Vianna, em Santa Maria do Salto; Hilária Brito e Déa Trancoso, em Almenara; Paulinho Pedra Azul, Dijon e Murilo Antunes, em Pedra Azul; Saulo Porto, Salete e Afonso Rosa, em Coluna; Márcio Sampaio e Marcelo Procópio, em Santa Maria de Itabira; Celsa Moreira, em Rio Preto; Virgínia Isabel de Oliveira, em Itajubá; Jamyle Nacur, Zenaide e Maria das Dores Lopes, em Belo Horizonte; Isabella e PH, em Pitangui; Mirtes Helena, Silvio Scallione e Silas, em Três Corações; Edmar Roque, em Arcos; Maria Clara, Rui e Walquiria Lopes, em Jordânia; Maíra e Miriam Sette, em Rezende Costa; Sérgio Rodrigo Reis, em Congonhas; Rafael Rezende, Mamélia Dorneles, e Jota D’Angelo, em São João del-Rei; Cesarina Victor, em Peçanha; Gustavo de Jesus Werneck e Maya Santana, em Santa Luzia; Eduardo Murta, em Virgem da Lapa; Sheila Doumith, em Barbacena; Carlos Altman e Margareth Alvarenga, em Nova Era; Regina Barroso e Tião Mourão, em Sabinópolis; Pedro Lobato, em Piumhi; Luis Giffoni, em Baependi, Luiz Fernando Mota, em Coromandel, e a tantos outros mineiros, dos quais tenho a ventura de ser amigo, desejo um ótimo Natal e um 2014 de paz, saúde e alegria.

>> carloslopes.mg@diariosassociados.com.br

Eduardo Almeida Reis-Receptáculo‏


Receptáculo 

Nas pequenas cidades mineiras, não dá para fazer ideia do tanto que se bebe, sobretudo nas noites dos sábados
 
 
Eduardo Almeida Reis
Estado de Minas: 20/12/2013 




Ninguém sabe onde fica a Zona Leste de Manaus, o que me faz supor que a humanidade ignore a existência de Puruquequara, bairro manauara. Quase todos os jovens brasileiros de hoje são apresentados pela mídia como universitários, mostrando que este país grande e bobo chegou à universidade sem passar pelos técnicos que faltam nas mais diversas áreas. Em contrapartida, há mais de 4 milhões (um Uruguai inteiro!) de bacharéis “advogando” mesmo reprovados nos exames da OAB. Aprovados ou reprovados, a tevê nos mostra figuras deliciosas no exercício da profissão. No interior de São Paulo, houve um crime recente de muito sucesso - e os crimes brasileiros, agora, podem ter sucesso de veiculação - e o advogado do suposto assassino fez admirável rotação capilar. No alto de sua testa, como que protegendo a careca que persiste na moleira, nasceu uma espécie de cerca de arame farpado, daquelas redondas que se põem nos muros. Em vez de arame, cabelos negros com raízes em África.

Voltemos à Puruquequara, para comentar o fato de o universitário Ivanildo Silva dos Santos, de 20 anos, ter sido preso na tarde de sábado, 16 de novembro, ao tentar entrar na Unidade Prisional do Puruquequara com dois celulares e quatro chips transportados em receptáculo dos mais originais. O universitário foi flagrado quando se assentou em uma cadeira em que há detector de metais. Pretendia visitar o detento Breno Rodrigues da Almeida, preso pelos crimes de tráfico, roubo e furto. Em dezembro de 2012, um rapaz de 19 anos foi preso ao tentar visitar um detento na mesma UPP transportando um BlackBerry e um carregador em receptáculo do mesmo tipo, prova provada de que já não se fazem manauaras como antigamente. O universitário Ivanildo admitiu sua homossexualidade informando que receberia R$ 300 pelo transporte anal dos celulares. E a informação do delegado Robson Siqueira, plantonista na 14ª DIP de Manaus, também foi admirável: como é crime de menor potencial ofensivo, o universitário passaria por um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) antes de ser liberado.

Alcoolização

Perfeita a matéria dos meninos do caderno Gerais sobre o problema da alcoolização - ato ou efeito de alcoolizar(se) - nos municípios mineiros, que certamente existe no resto do Brasil. Não conheço os 853 municípios de Minas e acho improvável que alguém já tenha visitado todos eles. Conheço boa parte do estado e o que vi, quando hospedado perto das praças principais das pequenas cidades, foi de horrorizar. Não dá para fazer ideia do tanto que se bebe, sobretudo nas noites dos sábados. Pior que isso: os que têm carros fazem questão de exibir seus carangos. E hoje, com carros zero custando pouco mais que 20 salários mínimos, é difícil deixar de ter automóvel. Na matéria em foco, aprendi que em Belo Horizonte é de 4,2% o percentual de motoristas alcoolizados em 91.959 testes com bafômetros. Nos testes feitos no interior do estado já encontraram 12,1% em Lavras; 11,1% em Pouso Alegre; 10,3% em Divinópolis; e 8,4% em Uberlândia, mas a quantidade de motoristas abordados ainda é pequena. Em Montes Claros, números diferentes da MOC que conheço bem e onde tenho bons amigos: só 1,2% em 403 medições. Com o passar dos meses, aumentando os testes com os bafômetros, presumo que os flagrantes se “normalizem” nos 4,2% motoristas embriagados, que deve ser a média estadual. No dia em que inventarem o barbeirômetro, ninguém se espante com 90% em Minas e no resto do Brasil. Dirige-se muito mal por aqui.

Suíte da matéria, dessa vez com os números de alcoolizados nos testes feitos em motoristas selecionados entre os abordados, mostraram que MOC teve 10,52% de pinguços entre os 95 testados, que representavam 5,52% dos 1.721 abordados. E mais uma coisa: 34 sem carteira de habilitação. Belo Horizonte abordou 553, testou 551 e encontrou 3,99% alcoolizados, número muito próximo dos 4,2% encontrados na capital em mais de 90 mil testes. Lavras abordou 104, testou 24 e encontrou espantosos 50% borrachos, como se diz em Espanha há não sei quantos séculos e em português desde 1712. Em Lavras, tomei um dos melhores e maiores pileques de minha vida, no dia em que comecei de Veuve Clicquot, em jejum, às oito da matina. Já relatei a proeza um sem conto de vezes. Qualquer dia conto de novo, porque foi pileque da melhor supimpitude.

O mundo é uma bola

20 de dezembro de 1766: são incorporadas à Coroa portuguesa todas as saboarias do reino. O conde Castelo Melhor, que perde o monopólio, é compensado com o título de marquês e importantes bens fundiários, o que significa dizer agrários. Em 1803, a Louisiana passa ao comando dos Estados Unidos. Morei lá dois meses tentando aprender inglês; voltei fluente em espanhol. Em 1838, Almeida Garret é nomeado cronista-mor do reino de Portugal. Homem de muitos amores, uma espécie de homem fatal, separou-se da mulher, Luísa Midosi, com quem se casou quando ela tinha 15 anos, passando a viver em mancebia com Adelaide Pastor, até que ela foi a óbito em 1841. Viver em mancebia: o cronista-mor nunca foi de brincadeira. Hoje é o Dia do Mecânico.

Ruminanças

“Subdesenvolvimento não se improvisa. É obra de séculos” (Nelson Rodrigues, 1912-1980).

Células com HIV 'recrutam' as sadias

Estruturas infectadas liberam DNA viral que atrai as saudáveis.mecanismo facilita a propagação do micro-organismo pelo corpo e, consequentemente, o desenvolvimento da Aids 



Bruna Senseve
Estado de Minas: 20/12/2013 


Estar infectado pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) não quer dizer ter a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids). Alguns pacientes soropositivos, inclusive, não desenvolvem sintomas da doença por décadas, mesmo sem serem submetidos a qualquer tratamento. Esse caminho tenebroso que leva à morte em massa de células do sistema imunológico do infectado e, consequentemente, origina o mal é ainda obscuro para a comunidade médica. Um grupo de pesquisadores do Instituto Gladstone de Virologia e Imunologia, dos Estados Unidos, anuncia hoje uma nova e importante parte desse quebra-cabeça.

Eles sugerem que um “suicídio” das células infectadas, com o objetivo de proteger o organismo, gera um círculo vicioso. Nele, são liberados sinais inflamatórios atraindo ainda mais “soldados” para o principal ponto de batalha e diretamente para morte. Esse processo amplia a deficiência do “exército” de defesa do paciente e leva ao desenvolvimento da Aids. A descoberta foi descrita em dois artigos publicados simultaneamente nas últimas edições das revistas científicas Science e Nature.

 No entanto, os primeiros passos dados para essa revelação aconteceram ainda em 2010, em um trabalho publicado na revista Cell. Na época, o mesmo grupo de pesquisadores descobriu que o HIV não é capaz de infectar produtivamente a maioria das células T CD4. Isso é, ele não consegue que a maioria dessas estruturas infectadas passe a replicá-lo. Mas, ainda assim, elas também morrem. Isso porque, na tentativa de manter o organismo longe da infecção viral, elas cometem uma espécie de “suicídio” celular conhecida como apoptose, que leva o sistema imunológico ao colapso e abre caminho para a Aids.

Esse conhecimento foi o ponto de partida para os trabalhos divulgados hoje. Os cientistas acreditavam que, se entendessem como se inicia e como funciona essa resposta “suicida”, conseguiriam também descobrir uma forma de interromper o processo. Logo eles perceberam que as descobertas anteriores não estavam completamente corretas. Em vez da apoptose inicialmente caracterizada pela ação da proteína caspase-3, o principal motor de morte dessas células é a enzima caspase-1. Ela mede um outro tipo de morte celular altamente inflamatória, a piroptose, que, além de destruir a célula, promove a eliminação da infecção “recrutando” um número maior de estruturas de defesa do organismo para o ponto de infecção.

Porém, no contágio pelo HIV, essa benéfica função se torna um impulso para um círculo vicioso devastador. Em vez de “limpar” a infecção inicial, a piroptose faz com que as novas células de defesa sejam atraídas pelos sinais inflamatórios – pequenos pedaços de DNA viral liberado com a autodestruição da célula – para também morrer. O processo seguinte a ser descoberto em busca de bloquear esse mecanismo foi entender como essa inflamação é percebida pelos outros soldados do sistema imunológico. Para isso, os cientistas desenvolveram uma forma de manipular geneticamente as células T CD4 em amostras de tecido de baço e amígdalas humanas. A manobra permitiu que eles observassem a ação da proteína IFI16. Quando o número dela era reduzido, a piroptose era inibida.

“Identificamos a IFI16 como o sensor de DNA que envia sinais para caspase-1 e dispara a piroptose”, descreve Kathryn Monroe, uma das autoras do estudo. Ela vê a descoberta como fundamental, uma vez que não é possível bloquear um processo até que todos os passos dele sejam compreendidos. “Ela é essencial para a elaboração de formas de inibir a própria resposta destrutiva do corpo ao HIV. Temos grandes esperanças para o próximo ensaio clínico”, adianta Kathryn.

Mudança de alvo   Nos artigos, os pesquisadores demonstram, em cultura de células, que um inibidor de caspase inflamatória pode suprimir a morte de células CD4 + e a inflamação. O inibidor pode ser o indicador de uma nova estratégia terapêutica para o tratamento da infecção em que, pela primeira vez, o alvo é o hospedeiro e não o vírus.

Para a infectologista Mylva Fonsi , do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids do Estado de São Paulo, as descobertas são bastante interessantes e significativas, mas ela ainda teme afirmar que esse tipo de intervenção esteja próximo da clínica. “A primeira coisa é o quão distante estamos de encontrar uma droga que possa agir nesse caminho, o que, com certeza, será um adjuvante de terapia muito valioso. Mas não acredito que vamos conseguir controlar o HIV só usando drogas para atuarem nesse sítios. Ainda serão necessárias as terapias combinadas.” Mylva ressalta também que esses processo não são usados pelo corpo apenas mediante a infecção pelo HIV, mas também em outras situações. “A partir do momento em que os dois forem inibidos, qual é o prejuízo que poderá ser gerado?”

Teste com droga A fase 2 de testes clínicos vai testar a capacidade de um anti-inflamatório existente e já aprovado para bloquear a inflamação e a piroptose em pessoas infectadas pelo HIV. A infectologista brasileira  acredita que o anti-inflamatório pode possibilitar uma terapia de ponta para quem não tem acesso a antirretrovirais, reduzindo, ao mesmo tempo, a inflamação persistente em infectados pelo HIV que estão em tratamento. Ao reduzir a inflamação, a droga poderia impedir a expansão dos reservatórios com vírus latente, outro grande desafio para a pesquisa em HIV por ser um dos motivos que impedem a cura.

O pesquisador do Instituto de Investigação em Imunologia do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (III-INCT) Edecio Cunha Neto ressalta que um dos pontos mais relevantes do trabalho é a identificação do anti-inflamatório que potencialmente pode interferir no processo reconhecido pela pesquisa. “O uso dessa droga contra o HIV seria razoavelmente fácil e rápido. Seria um tipo de droga usada não contra a infecção, mas contra a progressão para a Aids.”

Cunha Neto detalha que em seu laboratório também são estudados os fatores que levam pessoas com HIV ao desenvolvimento da doença. “Temos visto que alguns aspectos moleculares são muito diferentes em pacientes que evoluem muito rápido quando comparados com aqueles que demoram às vezes décadas para isso.”

Fora do sangue
Atualmente, é possível reduzir a carga viral a níveis indetectáveis no sangue, mas o vírus permanece no organismo em locais denominados reservatórios ou santuários. Neles estão células infectadas do sistema imunológico que não passam na corrente sanguínea. Estão no cérebro, no intestino ou em outras áreas em que a droga não consegue atuar adequadamente. Pesquisas apontam que ao interromper o tratamento contra a infecção, uma nova pode surgir em decorrência da carga viral presente nesses reservatórios.

Quatro tipos de hominídeos viveram em um mesmo local e se relacionaram


A partir da análise de um osso com cerca de 50 mil anos, pesquisadores alemães concluíram que pelo menos quatro tipos de hominídeos, incluindo o homem moderno, viveram em um mesmo local e se relacionaram sexualmente

Paloma Oliveto
Estado de Minas: 19/12/2013 



Primeiro, o homem descobriu que era parente do macaco. Depois, surgiu a prova de que, há 30 mil anos, outra espécie humana havia existido e dividido território com ele. Recentemente, a genética provou que Homo sapiens e neandertais não só conviveram, como cruzaram. Agora, novas análises de DNA indicam que, durante o período pleistoceno, a parte do globo onde hoje estão Europa e Ásia foi um paraíso do amor livre. De acordo com um estudo publicado na revista Nature, pelo menos quatro diferentes tipos de hominídeos — entre eles, o sapiens — compartilharam o ambiente e se relacionaram, inclusive, sexualmente.

A constatação é de uma equipe internacional de pesquisadores que, liderados pelo Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva em Leipzig, na Alemanha, elaborou um catálogo comparativo dos genes de homens modernos, denisovanos e neandertais.

Em tese, duas espécies podem cruzar e gerar crias, mas os descendentes são inférteis. Um exemplo é a mula, um híbrido de jumento e égua. Por motivos desconhecidos, embora neandertais, homens modernos e denisovanos sejam considerados espécies distintas, os frutos dos cruzamentos entre eles mantiveram o potencial de reprodução.

A análise das amostras de DNA indicou um fluxo de informações genéticas entre as espécies. Além disso, trouxe à tona evidências da existência de um quarto grupo humano, ainda à espera de ser descoberto. “Aparentemente, a Eurásia no fim do Pleistoceno era um lugar interessante para ser um hominídeo”, brincam os biólogos Ewan Birney e Johathan Pritchard, que comentaram a descoberta.

À frente do estudo está o maior especialista em genoma neandertal do mundo, o sueco Svant Pääbo, que lidera o projeto de sequenciamento do primo mais próximo do Homo sapiens. Em 1997, ele publicou a primeira análise genética desse humanoide extinto, com base no DNA mitocondrial (passado da mãe para os descendentes e mais fácil de ser obtido). Na época, porém, havia pouco material disponível e as técnicas de sequenciamento não eram tão avançadas.

Doze anos depois, Pääbo publicou um mapeamento mais completo do genoma neandertal, provocando alvoroço no meio científico. Os dados indicavam que os europeus modernos carregam 2% de material genético do Homo neandertalensis. O mesmo não se verifica entre os africanos, sugerindo que esses genes foram mesmo herdados do neandertal.

A equipe de Pääbo não parou, e agora, apresentou o sequenciamento do DNA nuclear, que contém material tanto da mãe quanto do pai. “Fizemos o primeiro grande rascunho do genoma neandertal com base em técnicas muito avançadas. A qualidade do resultado é a mesma que se verifica em sequenciamentos genéticos de indivíduos modernos”, conta Pääbo. “Foi um trabalho muito árduo, mas não vamos parar. Em poucos anos, esperamos apresentar o sequenciamento completo”, diz. Até agora, apenas o homem e o rato tiveram 100% do genoma decifrado.

Comparações A amostra usada pelos cientistas foi retirada do osso de um dedo encontrado em 2010 por arqueólogos russos na Caverna de Denisova, na Sibéria, e tem cerca de 50 mil anos. Apesar de o resto mortal ter sido resgatado no mesmo ambiente onde, em 2009, foi descoberto o fóssil de um denisovano, o dono desse osso sequenciado agora habitou o abrigo siberiano milhares de anos antes e não tem qualquer parentesco direto com o indivíduo da outra espécie e que também teve seu DNA analisado. Neandertais e denisovanos, de fato, pertencem a uma mesma linhagem, mas se diferenciavam há pelo menos 400 mil anos. Portanto, eram populações bem distintas.

As comparações das sequências genéticas indicaram que o Homo sapiens de hoje carrega entre 1,5% e 2,1% do DNA do neandertal e 0,2% dos denisovanos, cujo material genético foi herdado por asiáticos e americanos nativos. Já os homens de Denisova portavam 0,5% de genes dos neandertais. “Constatamos também que o genoma denisovano contém até 5,8% de genes de um hominídeo arcaico ainda desconhecido. Essa antiga população viveu antes da separação de neandertais, denisovanos e homens modernos. Talvez essa espécie seja o que hoje chamamos Homo erectus, mas precisamos investigar mais para saber”, conta Kay Prüfer, coautor do estudo e geneticista do Instituto Max Planck.

“O artigo realmente mostra que a história dos humanos e dos hominídeos durante esse período era muito complicada. Há muitos cruzamentos que pudemos constatar e provavelmente há muitos outros que ainda não descobrimos”, afirma Montgomery Slatkin, geneticista de população da Universidade da Califórnia em Bekerley, que também participou da pesquisa. “Não sabemos o quanto durou essa convivência entre vários grupos nem se o cruzamento ocorreu apenas uma vez ou se era algo comum ao longo do tempo. Homens modernos e neandertais coexistiram na Europa e na Ásia por pelo menos 30 mil anos”, diz.



Quem é quem

Homem moderno, neandertais e denisovanos são linhagens que descenderam de um mesmo ancestral há 600 mil anos. Já como diferentes espécies, coabitaram o planeta no Pleistoceno Tardio, período geológico encerrado há 10 mil anos

Homem moderno  Origem: última população que saiu da África  Quando viveu: de 200 mil anos atrás até hoje (Jean Pierre Muller/AFP - 12/10/12)
Homem moderno Origem: última população que saiu da África Quando viveu: de 200 mil anos atrás até hoje

Neandertal  Origem: Eurásia  Quando viveu: de 400 mil anos a 30 mil anos atrás (Nikola Solic/Reuters - 1/3/10)
Neandertal Origem: Eurásia Quando viveu: de 400 mil anos a 30 mil anos atrás

Denisovano  Origem: Eurásia  Quando viveu: de 400 mil anos a 40 mil anos atrás (Javier Trueba/Madrid Scientific Films/Divulgação)
Denisovano Origem: Eurásia Quando viveu: de 400 mil anos a 40 mil anos atrás