sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Tv Paga

TV paga

 
Estado de Minas: 29/11/2013


 (Imagem Filmes/Divulgação )

Sessão pipoca


Richard Gere e Susan Sarandon (foto) lideram o elenco do suspense A negociação, que estreia hoje, às 22h, no Telecine Premium. Gere faz o papel de um milionário que se envolve em um acidente de carro causando a morte da amante. Para se preservar, ele foge da cena do crime, mas um investigador está disposto a descobrir o culpado. Outro destaque de hoje é o drama Tudo vai dar certo, do dinamarquês Christoffer Boe, às 22h, na Mostra Internacional de Cinema da Cultura.

FX investe em filmes com tramas violentas


Sexta-feira costumar trazer surpresas para os cinéfilos. Para hoje, uma boa dica é o FX, com uma sessão Triplex que tem como tema “jogos violentos” e que ficou montada com os longas Clube da luta (18h15), Rollerball (20h45) e Caçadores de mentes (22h30). Na faixa das 22h, o assinante tem mais oito opções: Sonhos roubados, no Canal Brasil; As aventuras de Pi, no Telecine Pipoca; Filha do mal, no Telecine Action; Projeto X, na HBO; Hotel Transilvânia, na HBO HD; Se beber, não case! Parte 2, na HBO 2; Os nomes do amor, no Max; e Drácula de Bram Stocker, no Sony Spin. E mais: A escolha de Sofia, às 21h30, no Arte 1; Mais do que você imagina, às 21h30, no Viva; Uma mãe para o meu bebê, às 22h30, no Megapix; e O último jantar, às 23h, no Comedy Central.

Cinema inspira debate em atração do SescTV


“Mulheres contemporâneas” é o tema a ser debatido hoje no programa Contraplano, às 22h, no SescTV. A historiadora Mary Del Priore e a pesquisadora Ivana Bentes discutem as variadas visões da figura feminina no filme argentino Leonera (2008), de Pablo Trapero, além das produções brasileiras Feminices (2004), de Domingos de Oliveira; A falta que me faz (2009), de Marília Rocha; e As hipermulheres, de Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro.

Pai de família esconde  de todos que é bandido


Inédita no Brasil, a série australiana Small time gangster – Um homem de família estreia hoje, às 22h, no +Globosat. A produção narra a história de Tony Piccolo (Steve Le Marquand), que tem um segredo que nem sua família nem seus amigos desconfiam: apesar de falar que trabalha como limpador de carpete, ele trabalha para o crime organizado para sustentar a mulher Cathy (Sacha Horle) e seus dois filhos.

Gavin revela detalhes  de disco de Cássia Eller


Dona de um timbre singular, a cantora e compositora Céu dá continuidade ao especial do programa Cantoras do Brasil que comemora o centenário do poeta Vinicius de Moraes, às 18h45, no Canal Brasil. interpretando Corujinha e O morro não tem vez. Já às 21h30, em O som do vinil, Charles Gavin analisa faixa a faixa o álbum que Cássia Eller gravou em 1994 e que traz no repertório canções como E.C.T., Malandragem, Socorro e Música urbana, com direito a entrevistas dos músicos Nando Reis e Walter Villaça. Em tempo: mais cedo, às 15h, Boomerang exibe o Boombox all access com o cantor espanhol Enrique Iglesias.

CARAS & BOCAS » Vilã da discórdia

CARAS & BOCAS » Vilã da discórdia
Simone Castro
Estado de Minas: 29/11/2013


Sílvia (Nathalia Dill) vai provocar briga entre irmãos em Joia rara  (Renato Rocha Miranda/Globo-8/10/13)
Sílvia (Nathalia Dill) vai provocar briga entre irmãos em Joia rara

Mesmo apaixonado por Amélia (Bianca Bin), por quem abandonou a mansão do pai e a esposa Sílvia (Nathalia Dill), Franz (Bruno Gagliasso) não gostará nada de saber que foi traído pelo próprio irmão, em Joia rara (Globo). É que ele descobrirá que Viktor (Rafael Cardoso) e Sílvia têm um caso, segundo revelação das autoras Duca Rachid e Thelma Guedes ao site oficial da trama. “A princípio, Franz vai ficar com raiva do irmão e da esposa. Mas a verdade é que depois dessa revelação ele se sentirá livre para ir atrás de Amélia com a consciência limpa”, afirmam. Disposta a se vingar de Ernest Hauser (José de Abreu), pai dos rapazes, Sílvia não arredará pé da sua intenção. Ela seguirá tentando descobrir o mistério que ronda a morte de Catarina, primeira mulher do empresário. O que poderá não acabar bem. “Na busca pela chave deste enigma, ela acabará incomodando muita gente. Se Sílvia vai morrer? Ninguém sabe. O que podemos dizer é que ela está cutucando a onça com vara curta”, comentaram as autoras. Quanto ao triângulo amoroso entre irmãos, elas não adiantam se Sílvia se renderá aos encantos do cunhado e fazem ainda mais mistério sobre a paternidade do filho que a vilã espera. “Só vamos saber quando o bebê nascer”, garantem. Vale lembrar, porém, que em um dos capítulos desta semana Sílvia afirma a Viktor que o filho é dele. E aí?

CANAL PAGO VAI PRODUZIR
REPORTAGENS ESPORTIVAS


A Copa do Mundo de 2014 no Brasil é o motivo para a nova produção original da HBO Latin America (TV paga), que vai trazer reportagens esportivas. Ainda sem título, a atração mostrará histórias de superação, vitórias heroicas e personagens anônimos, muitas vezes fundamentais para o sucesso de grandes estrelas do futebol mundial. Na pauta, ainda, a paixão, luta e os sacrifícios necessários para que um jogador possa fazer parte de uma seleção nacional. Serão 10 episódios com 30 minutos cada, em que o telespectador comprovará como a paixão pelo futebol é enraizada na sociedade e, principalmente,
na cultura latina. A data de estreia ainda não foi divulgada.

CONFIRA AS CELEBRIDADES
MENOS INFLUENTES DE 2013


Os cantores Miley Cyrus, Justin Bieber e Lady Gaga, além do príncipe George, filho de William e Kate, e do ator Will Smith e família, estão na lista das celebridades menos influentes de 2013, segundo ranking da revista GQ. Para a publicação, Miley passou o ano todo com uma luva gigante nas mãos e lambendo coisas. “O triste é que funcionou”, comentou a matéria. Sobre Justin, apontou que quando você é criança, as pessoas podem culpar o dinheiro e a fama por suas mancadas, mas quando você “perde a gordura de bebê” não existem mais desculpas viáveis. A GQ citou algumas gafes do cantor, como a que ele disse que Anne Frank, morta na 2ª Guerra Mundial, seria uma “belieber” (termo que usa para denominar suas fãs). Também fazem parte da lista o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o ator Ryan Reynolds, o ex-astro da NBA Dennis Rodman, que saudou o ditador norte-coreano Kim Jong-un, e Edward Joseph Snowden, um ex-analista de inteligência americano que tornou públicos vários programas de vigilância eletrônica altamente confidenciais
dos governos dos Estados Unidos e do Reino Unido.

OTÁVIO MESQUITA PODE IR
PARA A MADRUGADA DO SBT


Otávio Mesquita não deve renovar contrato com a Bandeirantes, onde apresenta o Claquete. O apresentador, a partir do ano que vem, pode ocupar as madrugadas do SBT/Alterosa. Por enquanto, tudo não passa de especulação, mas, segundo o site Uol, Celso Portiolli teria comentado, durante evento recente, que Otávio Mesquita e Sílvio Santos já se reuniram. Otávio já trabalhou no SBT por sete anos.

ROMANCE  HUMOR

Primeira trama de Carlos Gregório e Marcos Bernstein, Além do horizonte (Globo) tem derrapado feio na audiência e assustado a direção da emissora. Com proposta diferente, calcada no mistério e algumas doses de suspense, a novela, que chegou a ser comparada ao estilo da série Lost, vai passar por mudanças. A principal: retomar o conteúdo comum às tramas das sete, ou seja, apoiar-se no romance e humor. Até capítulos já prontos estão sendo reescritos. O público tem demonstrado que não gosta de novidade.

VIVA
Episódio de Pé na cova (Globo) em que a maravilhosa Marília Pêra, mais uma vez, roubou a cena.

VAIA
Big Brother Brasil na vidinha de Valdirene (Tatá Werneck) em Amor à vida (Globo)? Ô preguiça!

Carlos Herculano Lopes - A falta que ela lhe faz‏

A falta que ela lhe faz - Carlos Herculano Lopescarloslopes.mg@diariosassociados.com.br

Estado de Minas: 29/11/2013


Há mais de 20 anos casados, sem nunca se separar por muitos dias, Luiz Alberto, como uma criança, não vê a hora da volta de Maria Carolina. Por motivos profissionais, ela é arquiteta, Carol teve de ir passar três meses em Nova York, onde a empresa em que trabalha está envolvida em um projeto. A princípio relutante, ela tentou recusar o convite, mas o diretor foi enfático quando a chamou ao seu escritório naquela segunda-feira de manhã: “Não tenho ninguém mais com sua experiência para nos representar, doutora. É só você para ajudar a resolver esta questão, que é fundamental para nós”.

Então, Maria Carolina, com quem Luiz Alberto convive desde a adolescência, quando se conheceram no pátio do Colégio Estadual Central, em Belo Horizonte, algum tempo depois de ela ter chegado de Araguari, teve de providenciar o passaporte. Depois foi a hora de comprar roupas novas, fazer as malas, checar os cartões de crédito, para prováveis despesas extras, e algumas coisas mais. Não queria que nada saísse fora do planejado. No dia da viagem, Luiz Alberto, que estava quase ou tão ansioso quanto a mulher, a acompanhou até Confins, onde Carol tomaria um avião para Miami e de lá seguiria para Nova York.

“Assim que chegar telefono ou mando uma mensagem pelo Face, querido. Te amo muito, se cuide, tá?”, ela ainda disse ao seu ouvido, quando, sem conseguir disfarçar a emoção, se abraçaram na despedida, em frente ao portão de embarque. Muitas pessoas assistiram à cena. Depois, Luiz Alberto, como um adolescente apaixonado, ainda foi para o último andar e ficou esperando o avião decolar, até se perder entre as nuvens. Em seguida, tomou o ônibus, que o deixou na Avenida Álvares Cabral, e foi trabalhar.

No fim da tarde, quando voltou para casa, depois de ter passado no bar de sempre, onde se encontrou com os amigos, só então aquele homem, que pela primeira vez iria ficar tanto tempo longe da mulher, começou a perceber que estava sozinho. Foi à cozinha, tomou um copo d’água, abriu a geladeira e tirou a salada para que esquentasse um pouco. Havia engordado e vinha tentando controlar a alimentação.

Daí a pouco, depois de um banho frio, para ver se relaxava, Luiz foi para a sala, se deitou no sofá e ligou a televisão. Pulou de canal em canal, assistiu a parte de um faroeste e o fim de outro longa, Baile perfumado, no qual se contava a história do libanês Benjamim Abrãao, que havia feito o único filme com Lampião e seu bando. Mas não estava achando graça em nada. Só tinha pensamentos para Maria Carolina.

E qual não foi sua alegria quando, logo na manhã seguinte, assim que se levantou, leu uma mensagem dela no celular. “Cheguei bem, meu amor, ainda hoje sigo para Nova York”. Desde então, já se passaram mais de dois meses, com Luiz Alberto e sua mulher, a Carol, se falando todos os dias. Mas foi preciso tempo e distância para, só então, o marido se dar conta, para todo o sempre, da falta que ela lhe faz. 

Vende-se felicidade - Ana Clara Brant

Vende-se felicidade 
 
O cantor e ator Alexandre Nero lança o documentário musical Revendo amor com pouco uso quase na caixa. Trabalho mescla canções autorais e interpretações de temas da MPB 
 
Ana Clara Brant

Estado de Minas: 29/11/2013


O ator Alexandre Nero já tem oito discos gravados e começou a carreira cantando em bares de Curitiba (Sérgio Santoian/Divulgação)
O ator Alexandre Nero já tem oito discos gravados e começou a carreira cantando em bares de Curitiba

O ator e cantor Alexandre Nero anuncia: está vendendo felicidade. Seja na música ou na televisão, por uma feliz coincidência, esse é o mote do seu personagem, Armando/Hermes, o líder da comunidade misteriosa em Além do horizonte, e também do primeiro DVD da carreira, Revendo amor com pouco uso quase na caixa, que acaba de ser lançado. “Nos dois casos eu sou essa cara (risos). Enquanto no DVD comercializo de uma maneira irônica, é uma grande brincadeira, na novela me aproveito dessa necessidade das pessoas de querer comprar alguma coisa física para suprir a falta de outra. Vendo uma coisa que não tem como vender, é muito pessoal e abstrata”, explica o simpático artista curitibano.

Antes mesmo de se tornar um ator conhecido nacionalmente, Alexandre ganhava a vida cantando em barzinhos da capital paranaense. Tem nove discos gravados, mas está lançando o primeiro DVD da carreira. Aliás, um documentário ou filme musical, como nomeou o projeto. Gravado numa casa do século 19, em Curitiba, o trabalho reúne não só músicas autorais e também de outros compositores, como a graciosa regravação de A banda, de Chico Buarque, O mundo, de André Abujamra – que, inclusive, faz uma participação no filme – e, Não aprendi dizer adeus, de Joel Marques, além de making of, reuniões e cenas de bastidores. “Não é aquela coisa tradicional de um show gravado ao vivo e também não tem vários clipes. Acabamos passando uma semana sem público, só com os músicos e a equipe técnica dentro do casarão e registramos tudo: os ensaios, bate-papos e, claro, a gente tocando e cantando. É quase uma dramaturgia mesmo”, analisa.

Seja acompanhado do violão, da viola caipira, de um cavaquinho ou mesmo de uma banda formada por sete músicos, que dá uma sonoridade de fanfarra toda especial às faixas, Alexandre Nero também assina a concepção artística e o roteiro ao lado de Alan Raffo.

AMOR Boa parte do repertório no disco Vendo amor em suas mais variadas formas, tamanhos e posições, de 2011 e, por isso, o DVD Revendo o amor com pouco uso quase na caixa acabou sendo também uma extensão e uma revisão do álbum. “Ele reúne três possibilidades – ver, vender e revender. Além de eu estar revendo a minha própria obra, ofereço várias coisas. E coisas que não são muito comerciáveis, como a própria música que faço e o próprio amor”, diz.

Mas o ator, cantor e compositor ressalta que apesar de ter o sentimento como foco, o projeto não pode ser tachado como romântico e que ficou comum tratar o tema no cancioneiro popular. No entanto, faz questão de lembrar que o amor o qual se propôs a cantar é muito maior do que aquele entre um casal ou o retratado nos filmes e novelas. “É um amor habitual nosso, que passou por diversas transformações. Tento mostrar essas várias facetas, seja ele físico, romântico, a separação, o amor de uma mãe, de um pai, o amor ao próximo. É uma coisa muito maior e mais ampla”, destaca.

Com direção musical do produtor e maestro Gilson Fukushima, Revendo amor com pouco uso quase na caixa foi lançado oficialmente em meados de novembro, em apresentação no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, mas ao longo dos meses, assim que tiver uma folga das gravações de Além do horizonte, Alexandre quer promover pocket-shows em outras praças. “Achava que não ia conseguir levar para o palco o mesmo clima do DVD, aquela estética circense, de coreto e bandas do interior. Acabou virando um teatro musical. Estou muito feliz”, celebra.

 (André Nero/Divulgação)

"Sempre tentei conciliar meu lado ator e cantor. Este foi o meu ápice nesse sentido e consegui realizar um verdadeiro espetáculo teatral "contemporâneo

Eduardo Almeida Reis - Mundo fashion‏

Mundo fashion 
 
Clássico e conservador em tudo, reservo-me o direito constitucional de ter um pinguim em cima da geladeira



Eduardo Almeida Reis
Estado de Minas: 29/11/2013

O caro, preclaro e pacientíssimo leitor mineiro, se visitar São Paulo, pode voltar vestindo uma jaqueta de couro estilo aviador dos anos 1940, com a moleira sob proteção de legítimo capacete da Segunda Guerra Mundial, trazendo bonecos de ventríloquos do início do século 20 para encantar seus filhos e netos exibindo sua ventriloquia.

Em Sampa deve visitar uma antiga oficina mecânica, quase no final da Rua Oscar Freire, longe do burburinho da rua mais badalada da cidade, onde fica a loja À La Garçonne, brechó de Fábio Souza. Se tiver sorte, encontrará o dono, barbado, bigodudo e cabeludo, marido de papel passado e aliança no dedo de Alexandre Herchcovitch, como aprendi na matéria de Jacqueline Costa, publicada na página 12 do caderno Ela, de O Globo, edição de 26 de outubro.

O que o leitor talvez não saiba é que o marido de Alexandre morou na capital mineira há sete anos, onde teve a lojinha Belory Hills, uma brincadeira com Belo Horizonte e Beverly Hills. Numa de suas viagens a São Paulo conheceu o rapaz com quem se casou.

O brechó da Oscar Freire tem mais de 3.500 peças à venda. As roupas são lavadas numa lavanderia industrial antes de primorosamente expostas no brechó. Há vestidos Chanel e Courrèges. E os coturnos, quanto mais gastos mais caros.

Presumo que um cavalheiro sério faça o maior sucesso entre as senhoras belo-horizontinas se aparecer de coturnos rotos, vestido Chanel em cross dressing, capacete da Segunda Guerra Mundial e jaqueta de couro estilo aviador dos anos 40. Não li Cinquenta tons de cinza, mas duvido que de coturnos e capacete de aço, com vestidinho Chanel, não sejam irresistíveis. Se estiver quente, pode levar a jaqueta de couro na mão. E seja o que os deuses quiserem.


Idiomáticas

Ricardo Pereira, nascido em Lisboa no dia 14 de setembro de 1979, mora no Brasil há 10 ou 12 anos e fala brasileiro sem sotaque. Em casa, com sua mulher, fala o português de Portugal, assim como nas suas visitas ao país natal, onde esquece o gerúndio e sempre diz “dá-me esta xícara” quando se dirige aos patrícios. Se disser “me dá esta xícara” corre o risco de não ser entendido ou de levar com a xícara nos cornos.

Diz o ator que o português e o brasileiro são duas línguas, como, aliás, se vê no Dicionário Contrastivo Luso-Brasileiro, de Mauro Villar, sobrinho de Antônio Houaiss. Grata surpresa, para mim, foi a notícia de que no Rio de Janeiro se fala o legítimo português arcaico, anterior às invasões europeias que ocorreram em Portugal.

Durmam com esta os mineiros que criticam o xis do meu déis. Nos 16 anos em que morei em BH aprendi a pronunciar dez, mas voltei ao déis em Juiz de Fora, onde, sabe o leitor, a maresia é danada para esburacar a lataria dos automóveis.


Agente causal

Custei para descobrir o motivo, o agente causal das complicações que andei sofrendo neste ano, a começar pelo 13, que nunca foi número da minha especial afeição. Sei que o leitor conhece os objetos e as manifestações de teor artístico ou estético, que se caracterizam pelo exagero sentimentalista, melodramático ou sensacionalista, frequentemente com a predileção do gosto mediano ou majoritário, e pela pretensão de, fazendo uso de estereótipos e chavões inautênticos, encarnarem valores da tradição cultural.

É a explicação do Houaiss para kitsch, adjetivo de dois gêneros e dois números que entrou em nosso idioma no século passado. Pois muito bem: só outro dia descobri que passei os 10 primeiros meses do ano sem o meu pinguim de geladeira. Geladeira sem pinguim de louça é inadmissível: nada mais kitsch do que um pinguim em cima de uma geladeira. Com a mudança para Juiz de Fora na última semana de 2012, instalaram a geladeira e guardaram o pinguim num armário, crime que já corrigi.

Clássico e conservador em tudo, reservo-me o direito constitucional de ter um pinguim em cima da geladeira. Se soubesse rezar e fosse crente, rezaria pela ave esfenisciforme, da família dos esfeniscídeos, restrita ao hemisfério austral. Dane-se o resto. Adoeci porque esconderam o meu pinguim. Reposto no teto da geladeira, tudo vai entrar nos eixos. Tenho dito e philosophado.


O mundo é uma bola

29 de novembro de 1782: a Grã-Bretanha assina em Paris um acordo preliminar reconhecendo a independência norte-americana. Em 1807, embarque da família real portuguesa para o Brasil noticiado ontem neste mesmo espaço imaculado de nossa mídia impressa. Em 1824, começa a censura para os teatros no Brasil, mais tarde estendida às biografias não autorizadas.

Em 1842, autorizada a emissão de selos postais no Brasil. Em 1877, inauguração da primeira estação telefônica brasileira, obviamente no Rio de Janeiro, considerando que BH ainda não existia. Em 1880, reunião do primeiro parlamento japonês. Em 1897, primeira prova de motociclismo em Surrey, subúrbio de Londres. Em 1899, fundação do Barcelona, onde brilha o jovem senhor Neymar Jr.


Ruminanças

“O juiz não é nomeado para fazer favores com a justiça, mas para julgar segundo as leis.” (Platão, 428-348 a.C.)

PROTETOR SOLAR » Tem que ser no mínimo 30‏

PROTETOR SOLAR » Tem que ser no mínimo 30 Sociedade Brasileira de Dermatologia é unânime sobre fotoproteção e promove amanhã, em todo o país, campanha de prevenção contra o câncer da pele 
 
Sara Lira

Estado de Minas: 29/11/2013


O verão está próximo e nesta época do ano muita gente aproveita as altas temperaturas e o sol para ir à praia ou à piscina e pegar aquele bronzeado. Para esses momentos a aplicação do protetor solar é indispensável e a partir de hoje a recomendação da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é que seja usado um produto com fator de proteção solar (FPS) de no mínimo 30. O número pode aumentar dependendo da cor da pele, histórico ou não de câncer, tempo de exposição ao sol, entre outras variáveis. A indicação é uma entre várias outras presentes no Consenso Brasileiro de Fotoproteção, documento lançado ontem pela SBD que tem o objetivo de padronizar as recomendações de proteção à exposição solar para médicos, mídia e sociedade em geral. Segundo o coordenador do Departamento de Fotobiologia do órgão e do estudo, Sérgio Schalka, a pesquisa é a primeira realizada no país voltada para a realidade brasileira. “Normalmente quando fazíamos recomendações sobre fotoproteção utilizávamos material do exterior e a realidade de moradores de outros países é diferente da nossa”, diz.

Feita em conjunto com 24 dermatologistas, a pesquisa compilou recomendações, questionamentos e sugestões para futuros estudos, abordando diferentes formas de fotoproteção. Uma parte é direcionada para dermatologistas e a outra para o público leigo. Uma terceira será lançada no ano que vem em uma revista científica. De acordo com Schalka, os documentos ainda mostram que em determinadas épocas do ano a proteção solar varia em diferentes regiões do país devido à intensidade da radiação solar. “No Nordeste, por exemplo, a radiação é mais intensa a partir das 9h, então os cuidados devem começar antes do que normalmente se fala, que é às 10h”, afirma. Outra sugestão de destaque é não se expor obrigatoriamente ao sol para absorver vitamina D. “O sol que tomamos no dia a dia já é essencial para suprir essa vitamina no organismo”, explica.

 Seguindo as recomendações adequadas de fotoproteção, é possível diminuir os riscos de ter o câncer da pele. Uma pinta na pele que muda de cor e tamanho merece toda a atenção quando o assunto é esse. A doença surge de maneira silenciosa, normalmente sem dores, mas por meio dessas manchas é possível identificar o problema. O cirurgião oncológico do Hospital Mater Dei e da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Alberto Wainstein, ressalta a importância de o paciente ficar atento a qualquer mancha que esteja mudando ao decorrer do tempo. “O mais importante é o diagnóstico precoce. O paciente tem que se examinar e, se tiver uma pinta que está mudando de cor, de aspecto, crescendo, ele deve ir ao médico. Muitos pacientes não fazem esse autoexame por falta de informação”, diz.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o não melanoma, tipo menos agressivo de câncer da pele, é o mais frequente no Brasil, correspondendo a 25% dos tumores malignos registrados no país. O melanoma, menos frequente, mas mais violento no organismo, atinge cerca de 4% das neoplasias malignas da pele. Para conscientizar a população sobre a importância de se proteger do sol de forma mais eficaz, a Sociedade Brasileira de Dermatologia promove amanhã, Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele, ampla campanha em todo o país.

De acordo com o vice-presidente da SBD, Gabriel Gontijo, entre os não melanomas, os mais comuns são o carcinoma basocelular (CBC) e o carcinoma espinocelular (CEC). O primeiro ocorre nas células da camada superior da pele e costuma surgir em regiões mais expostas ao sol como rosto, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Já o segundo se manifesta nas células escamosas e pode se desenvolver em todas as partes do corpo, sendo mais comuns também nas regiões mais expostas.

O melanoma se manifesta por meio de uma pinta que geralmente muda de cor, formato ou tamanho e pode até sangrar. Nos estágios iniciais ele se desenvolve na camada superficial da pele, mas em níveis mais avançados atinge camadas mais profundas, o que aumenta a chance de metástase (quando as células cancerígenas atingem os órgãos internos), podendo levar à morte.

Gontijo explica que o paciente deve ficar atento à evolução de pintas pelo corpo. Se ela for assimétrica, com borda irregular, apresentar variação de cor e está crescendo, pode ser um indício de melanoma. Se a pinta for simétrica, regular e tiver cor que não varia, pode ser um indicativo  de tumor benigno. Segundo o Inca, em 2013 devem surgir 3.170 casos de melanoma no país, além de 62.680 de não melanoma.
Pessoas de pele, olhos e cabelos claros ou que têm histórico familiar da doença; quem tem muitas pintas pelo corpo; pessoa que já teve a doença e albinos fazem parte do grupo de risco. “Quem pertence a esse grupo deve se consultar com um dermatologista pelo menos uma vez por ano”, frisa Gontijo. O diagnóstico é feito por meio de exame clínico e de biópsia. Quanto antes o câncer for descoberto, mais rapidamente ocorrerá a cura. O tratamento varia para cada tipo de lesão, mas normalmente é feito por meio de processos cirúrgicos para a retirada do tumor.

Radiação ultravioleta  B é a mais maléfica


A maioria dos cânceres da pele são provocados pela exposição excessiva ao sol, cuja radiação ultravioleta B altera o DNA das células. O coordenador do Programa Nacional de Controle do Câncer da Pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Marcus Maia, alerta que a melhor forma de prevenir a doença é atentar para uma exposição solar segura. Segundo ele, essa proteção é um conjunto de ações como evitar se expor ao sol no horário de maior ensolação, entre as 10h e as 16h, usar chapéu e roupas que protejam dos raios e também o protetor solar. Quem vai para praia ou piscina deve retocar o protetor a cada duas horas. “Temos que impedir que o câncer ocorra e educar ss pessoas no sentido de evitar o câncer da pele, pois ele é um problema de saúde pública no Brasil. Prevenir é mais fácil”, destaca.
O professor-adjunto de dermatologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Claudemir Aguilar ainda destaca sobre a importância de seguir as regras de fotoproteção. “A ideia não é dizer que o sol é maléfico para a saúde, porque ele traz benefícios, como a sintetização da vitamina D, muito importante para nosso organismo. Mas a exposição solar deve ser feita com inteligência, seguindo todas as recomendações de proteção”, afirma.

Testes gratuitos
Neste sábado, entre as 9h e as 15h, dermatologistas associados à Sociedade Brasileira de Dermatologia vão realizar em todo o país um mutirão para fazer exames em pessoas com suspeita de câncer da pele e distribuir orientações para a sociedade em geral sobre prevenção. Em Belo Horizonte, o evento vai ocorrer na Clínica Dermatológica da Santa Casa (Rua Domingos Vieira, 416, Santa Efigênia) e no serviço de dermatologia do Hospital das Clínicas da UFMG (Alameda Álvaro Celso, 55, Santa Efigênia). Em todo o estado as mesmas ações ocorrerão nos municípios de Alfenas, Barbacena, Ituiutaba, Juiz de Fora, Pedro Leopoldo e Uberlândia. Segundo o vice-presidente da SBD, Gabriel Gontijo, o objetivo é detectar precocemente a doença. “Vamos ensinar, mostrar figuras sobre o câncer da pele e mostrar para a população  como ela deve se comportar para prevenir”, pontua.

Personagem da notícia
Audrei Costa,
de 40 anos, comerciante
Mancha na planta do pé

O melanoma não necessariamente surge em áreas expostas do corpo, mas também nas mais escondidas, como palma da mão ou planta do pé. E foi por meio de uma mancha no pé que a comerciante Audrei Costa descobriu um melanoma há três anos. Quando a mancha apareceu, ela não suspeitava que pudesse ser um câncer e começou a tratar como se fosse uma calosidade, e depois como verruga, já que o sinal só crescia. Audrei chegou a ir a uma podóloga. Como fazia acompanhamento com dermatologista devido a manchas no rosto que surgiram depois da gravidez, em uma das consultas questionou o médico a respeito da mancha. “Lembro que quando ele viu constatou que poderia ser melanoma”, conta. Em quase três anos de tratamento, a doença avançou para o pulmão e para o cérebro. Recentemente, a comerciante fez uma quimioterapia biológica que ativa o sistema imunológico para reconhecer e destruir o tumor. As sessões terminaram este mês e agora ela vai aguardar para realizar outro exame para avaliar como está a doença. Confiante no resultado negativo para melanoma, Audrei alerta as pessoas que se atentem para qualquer sinal que surja no corpo. “Estou na expectativa de que estarei curada. Mas diria para todos ficarem atentos às pintas no corpo. Sempre associei o câncer da pele às áreas nas quais se toma mais sol e nunca à planta do pé. Então, qualquer mancha suspeita tem que ser observada por um dermatologista”, afirma.  

Excesso de gordura nas artérias facilita a disseminação do câncer de mama

Estudo americano mostra que excesso de gordura nas artérias facilita o crescimento e a disseminação dos tumores na mama


Colesterol alto fortalece o câncer - Bruna Sensêve
Estado de Minas: 29/11/2013 


Brasília – O colesterol, a molécula de gordura que se acumula nas artérias e contribui para infartos e derrames, tira mais uma carta da manga. Um subproduto da sua síntese, chamado de 27-hidroxicolesterol ou simplesmente 27HC, traça a conexão da já temida substância ao crescimento e à propagação dos tipos mais comuns do câncer de mama. A relação foi observada há alguns anos na clínica médica, mas ainda não tinha uma explicação molecular clara. A descoberta dos caminhos dessa ligação foi feita em camundongos e amostras de tecidos tumorais humanos e ainda é preliminar. No entanto, pode apontar para novas medidas de prevenção da doença.

Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, explicam que, ao ser metabolizada pelo organismo, a 27HC se transforma em uma molécula muito potente e parecida com o estrogênio. Ela foi capaz de acelerar o crescimento dos tumores em camundongos e, possivelmente, em humanos. “O que temos agora é uma molécula encontrada – não é, em si, o colesterol, mas um metabólito abundante de colesterol, chamado 27HC, que imita o hormônio estrogênio e pode conduzir, de forma independente, o crescimento do câncer de mama”, detalha o autor sênior da pesquisa, Donald McDonnell, também presidente do Departamento de Farmacologia e Biologia do Câncer na Universidade Duke.

O trabalho foi publicado hoje na revista científica Science e mostra que a descoberta-chave do estudo vem de uma análise anterior dos mesmos autores, quando eles determinaram que a 27HC se comporta de forma muito semelhante ao hormônio feminino. Isso porque o estrogênio conhecidamente alimenta cerca de 75% de todos os tumores de mama. O oncologista clínico do Centro de Câncer A.C. Camargo Tadeu Ferreira de Paiva Júnior conta que os receptores hormonais estão espalhados por vários locais do corpo, incluindo o útero, o ovário e as mamas. Uma condição de alta concentração do estrogênio levaria a uma aceleração da evolução do câncer e do risco de vida do paciente.

“Tanto é um risco que, quando a mulher tem a menarca – o início da menstruação – muito cedo e uma menopausa tardia, ela fica muito tempo exposta ao hormônio e, teoricamente, terá um risco maior do que aquela que passou pela menarca mais tarde e a menopausa mais cedo”, diz Paiva Júnior. O oncologista comentaque, quanto mais tempo a paciente estiver exposta ao hormônio, também são maiores o risco e a evolução do câncer. O mesmo serviria para mulheres que não tiveram filhos e ficaram todo o período reprodutivo sob a ação do estrogênio. “O número de filhos aumentado protege contra o câncer de mama porque a mulher passa aqueles nove meses sem menstruar, sem o ciclo usual.”

A relação desse processo com o colesterol ocorre porque, nas mulheres, ele é transformado em hormônio feminino no tecido adiposo, principalmente depois da menopausa. Antes disso, grande parte do hormônio é produzida pelos ovários. Quando esses órgãos param de funcionar, o hormônio surge da formação de gordura. “Por isso, quanto maior a quantidade de gordura corporal, maior a quantidade de hormônio feminino, aumentando o risco de câncer de mama. E, claro, quanto maior a gordura corporal, maior o nível de colesterol também.” Paiva Júnior lembra que essa relação com a obesidade era conhecida por meio de estudos maiores anteriores que relacionam o índice de massa corpórea (IMC) elevado, ou seja, o sobrepeso, ao maior risco de tumores mamários.

Dieta Em particular, nos tecidos humanos estudados, os cientistas puderam provar que um nível mais alto da enzima 27HC se correlaciona com um tumor mais agressivo. McDonnell acredita que essa é uma descoberta muito significativa. “Em essência indica que os tumores desenvolveram um mecanismo para utilizar uma fonte diferente de combustível.”

Ao detalhar a ligação entre os elevados níveis de colesterol e os tumores na mama, os cientistas sugerem que seria possível, se suas hipóteses forem confirmadas, que mudanças na dieta ou terapias para reduzir o colesterol interfiram no processo de transformação das células normais em cancerígenas. Para o autor sênior do estudo, pode haver uma maneira simples de reduzir o risco de câncer de mama mantendo o colesterol sob controle, seja com medicamentos, seja com uma dieta saudável. Além disso, para as mulheres que têm câncer de mama e colesterol alto, tomar remédios específicos para diminuir a gordura nas artérias poderia atrasar ou prevenir a resistência às terapias endócrinas.

Quem´é o vilão? Ainda assim, o oncologista e pesquisador do Instituto Nacional do Câncer (Inca) José Bines alerta que a pesquisa é muito preliminar e feita apenas em camundongos e amostras moleculares de tumores. Esses fatores não são suficientes para dar validade dos resultados em humanos.
“É um fator adverso e de risco e, realmente, as pacientes que são obesas, quando o tumor aparece, têm um risco de reincidência maior que aquelas com o peso normal. Mas ainda não está muito bem definido o que é responsabilidade do colesterol ou da própria obesidade.”

Bines reforça que o excesso de peso é uma condição de saúde ruim para diversos fatores de saúde, e que sempre uma dieta balanceada e o peso normal serão favoráveis para a prevenção contra o câncer e outra série de doenças.

Proteção materna
Estudos epidemiológicos indicam que mulheres sem filhos apresentam cerca de quatro vezes mais risco de desenvolver câncer de mama na menopausa do que aquelas que se tornaram mães ainda jovens. Um artigo publicado no início deste ano, no International Journal of Cancer, explica que as transformações que se dão nas células mamárias durante a gravidez as tornam menos suscetíveis ao surgimento de tumores.


Riscos na puberdade




Uma dieta rica em gorduras na puberdade pode acelerar o desenvolvimento do câncer de mama, aumentando a possibilidade do surgimento de tipos mais agressivos. Os resultados obtidos por cientistas do Programa de Pesquisa em Câncer de Mama e Meio Ambiente da Universidade Estadual de Michigan (EUA) indicam que esse tipo de dieta pode levar a alterações prévias na mama, como o aumento do crescimento celular e modificações nas células do sistema imunológico, antes que qualquer tumor seja formado. Essas transformações persistiriam até a idade adulta, conduzindo ao rápido desenvolvimento de lesões pré-cancerígenas e, por fim, ao câncer da mama.

A pesquisa, publicada neste mês na revista Breast Cancer Research, mostra também que a alimentação gordurosa produz uma assinatura genética nos tumores correspondente ao tipo basal que tem o pior prognóstico da doença. “Isso é muito importante porque, embora os cânceres surjam a partir de mutações aleatórias, a assinatura genética indicando um câncer de mama basal mostra a influência abrangente e poderosa que essa de dieta tem no seio”, acredita a autora do estudo e professora do Departamento de Fisiologia da Universidade de Michigan, Sandra Haslam. Os cânceres desse tipo são mais agressivos por natureza e normalmente ocorrem em mulheres mais jovens.

Sandra ressalta que o modelo de experimento feito nas cobaias não envolveu o ganho de peso, mesmo com uma dieta rica em gordura. Isso tornaria os achados relevantes para um número muito maior de pessoas do que somente aquelas que estão acima do peso. Segundo o médico Edison Mantovani, coordenador do Departamento de Mastologia do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, pelas observações laboratoriais, ainda não podem ser consideradas  relações com o ser humano.


 A puberdade é a fase de maior proliferação das células mamárias e de formação da glândula mamária. “Nessa fase, elas se instalam mais frequentemente e têm um tempo de maturação que às vezes demora 10 anos. Se a gente considerar que a fase de maior incidência da doença é dos 35 aos 55, a menina, aos 15 anos, vai ter esses 10 a 20 anos de possibilidades de aparecimento.” Mantovani ressalta que é preciso levar em consideração que outros muitos fatores influenciam no aparecimento do câncer de mama, como o meio ambiente e a herança genética. “Não podemos falar só da gordura como definitivo.” (BS)