sábado, 24 de agosto de 2013

Risério revisita Edgard, o magnífico - JC Teixeira Gomes


A TARDE -24/08/2013

Edgard Santos e a Reinvenção da Bahia (Rio, Versal Editores, 2013) é indispensável estudo sobre o mais fecundo reitorado de que se tem notícia no Brasil


Antonio Risério vem-se distinguindo como estudioso da cultura, das tradições e da história da Bahia. Por
este aspecto, não se justifica que não esteja na Academia de Letras da Bahia, que ajudaria a dinamizar com sua escrita irreverente e demolidora, digna de um outro pena de aço. Ainda agora, ele nos deu Edgard Santos e a Reinvenção da Bahia (Rio, Versal Editores, 2013), indispensável estudo sobre o mais fecundo reitorado de que se tem notícia no Brasil. Não pretendo aqui realizar uma análise do novo livro de Risério, pelas limitações do espaço, mas apenas indicar ao leitor, como estímulo de leitura, alguns dos seus aspectos fundamentais. Em primeiro lugar, o autor, em 18 capítulos, soube registrar com eficiência o incomparável legado de Edgard Santos, não apenas à Universidade Federal da Bahia, que comandou com excepcional clarividência de 1946 a 1961, mas à própria vida cultural do Estado, sacudida da irrelevância pelo rico aporte universitário dos anos 50.

Se o texto do nosso autor, efetuando o inventário das realizações de Edgard Santos desde o Hospital Universitário até as soberbas iniciativas culturais, é sempre estimulante e pleno de detalhes, merece também louvável citação a escolha do crítico Luís Costa Lima para fazer o prefácio do livro. Intelectual residente no Rio, longe da vida baiana, obstinadamente voltado para uma severa produção critico-teórica que destoa da leviandade universitária brasileira, Costa Lima mostrou surpreendente conhecimento da época de atuação de Edgard Santos, analisada com poder de síntese e pertinência de conceitos. Seu texto começa o livro muito bem e ressalta a repercussão nacional obtida pelo trabalho de Edgard Santos.

O texto de Risério evidencia que o reitor não era apenas o inspirado administrador universitário: ele jogava bem politicamente, tanto assim que foi ministro de Vargas. Além disso, revelou habilidade rara ao conciliar atitudes tão opostas, como prestigiar o reacionarismo do Portugal salazarista, de que foi exemplo o IV Colóquio Luso-Brasileiro realizado com repercussão internacional em Salvador, em 1959, e simultaneamente criar órgãos como o Centro de Estudos Afro-Orientais (o Ceao), instrumento na Bahia de dignificação cultural e política da África oprimida pelo colonialismo luso, combatido desde 1961 por Angola, Moçambique e Guiné com guerras de libertação, que testemunhei como repórter (e sobre elas escrevi).

Um dos pontos essenciais da análise de Risério está na denúncia do reacionarismo das esquerdas estudantis, que levaram em 1961 à deposição de Edgard Santos, instaurando o longo reinado da mediocridade na Ufba. Como jornalista, acompanhei os fatos produzidos pela irresponsabilidade das esquerdas imaturas e de visão cultural vesga no início dos anos 60. Lá um dia, em plena efervescência da greve contra Edgard Santos, fui designado para fazer uma entrevista com o reitor e telefonei para marcar audiência. Surpreso, vi que o próprio reitor estava no telefone. Imediatamente, ele me disse: “Meu caro jovem, já dei todas as entrevistas possíveis. Nada mais posso dizer. Só lhe peço uma coisa: escreva em seu jornal que os estudantes devem voltar às aulas! Faça-me um favor: escreva que terminem com a greve e voltem!” Logo senti na voz de Edgard Santos indisfarçável ansiedade. De fato. Ele estava sendo injustiçado por
um movimento de sectários burros, radicais inconformados com os projetos culturais do reitor. É isto que Risério deixa patente em seu livro, evidenciando, inclusive, que Edgard Santos foi, no Brasil, o único reitor a criar um eficiente sistema de assistência aos estudantes, englobando serviço médico exemplar e hospedagem para moças e rapazes.


O espaço me impede de comentar as incomparáveis obras de Edgard Santos no campo da música (os Seminários de Koellreutter), do teatro, da dança, enfim, das iniciativas maravilhosas que se diluíram num tempo de fracassos. Aos leitores, recomendo que evoquem toda essa idade de ouro da cultura baiana lendo o livro que Risério escreveu com o costumeiro talento, ímpeto provocativo e riqueza de informação


Quadrinhos

folha de são paulo : daqui
LAERTEVISÃO      LAERTE
LAERTE
CHICLETE COM BANANA      ANGELI
ANGELI
PIRATAS DO TIETÊ      LAERTE
LAERTE
DAIQUIRI      CACO GALHARDO
CACO GALHARDO
NÍQUEL NÁUSEA      FERNANDO GONSALES
FERNANDO GONSALES
PRETO NO BRANCO      ALLAN SIEBER
ALLAN SIEBER
QUASE NADA      FÁBIO MOON E GABRIEL BÁ
FÁBIO MOON E GABRIEL BÁ
HAGAR      DIK BROWNE
DIK BROWNE

João Paulo - Está faltando conversa‏


Estado de Minas: 24/08/2013 



Caetano Veloso abre os braços e pergunta: Por que não?. Provocador em 1967, atual em 2013


A mais civilizada das artes é a conversa. Sem ela, o terreno está aberto para o exercício arbitrário do poder. Quem conversa sabe ouvir. Quem não ouve só entende a linguagem da submissão. A política, deixando de lado as teorias, nada mais é que o território do diálogo. As pessoas conversam não apenas para concordar, mas fundamentalmente para deixar claras as divergências. Como dizia o saudável João da Ega, de Os Maias, de Eça de Queirós, o desacato é condição do progresso. Sem um bom papo, nem a discórdia é possível e com isso não se avança.

Por isso é preocupante o atual cenário de monólogos que não se misturam, de pessoas retiradas em células, em casulos eletrônicos nos quais trocam palavras apenas entre iguais. A anulação do debate e o reforço de preconceitos pelo assentimento do outro têm gerado um território inimigo da política. As pessoas que amam odiar a política estão satisfeitas com seus pares e espalham o anátema a quem pensa diferente.

Os comentários cheios de ira que circulam na rede são a prova da solidão que se multiplica aos milhões. Sem precisar argumentar, sobram imprecações ou manifestações de poder discricionário. Ninguém quer saber de debater, de ouvir e de realmente partilhar. No sítio defeso da internet, o outro é sempre ameaça.

Essa sensação vem se espalhando de forma perigosa até mesmo em setores que têm história rica de democracia e sempre prezaram o jogo político. Como os músicos, por exemplo. Nos anos 1960, mesmo com grandes diferenças estéticas, artistas eram ponta de lança do projeto de fazer a sociedade pensar em seus rumos. Com isso, criaram-se correntes, movimentos e coletivos, que, mesmo apontando para horizontes distintos, tinham capacidade de diálogo e mobilização.

Não é por acaso que, no Brasil, a música popular ocupe lugar tão destacado no nosso jeito de ser e pensar o país. O que os escritores representam em alguns lugares, como a França, cantores e compositores cumprem no nosso destino de nação. Gostamos de saber o que Chico e Caetano pensam de política, do rap, dos índios. Achamos que um bom samba retrata o país melhor que o cinema, por exemplo.

O processo de redemocratização foi animado em comícios cheios de artistas populares. Canções como Pelas tabelas, que funde o destino pessoal com o processo mais amplo de criação do país, é uma espécie de síntese dos dois lados do coração brasileiro. As ruas cantam o que vai na alma. É por isso que os artistas, com sua mobilização, ajudaram a politizar o Brasil quando ele mais precisou.

Mas está faltando conversa. A recente divisão da classe artística acerca do processo de arrecadação e distribuição de direitos autorais deixou de ser debate político para se tornar disputa de poder. Não é nada bom ver gente que sempre esteve do mesmo lado trocando ofensas por discordâncias que deveriam ser resolvidas na mesa. Não se trata de consenso, mas de conflito mediado por argumentos. Resumindo: de fazer política.
Os artistas da música popular estão em pé de guerra. Por trás disso não se vê o estatuto da criação, mas de que forma ela pode render mais, ainda que não para todos. Na verdade, o jogo de interesses impede o diálogo. Ainda que alguns apontem que a divisão se dá entre concepções modernas e atrasadas de direito à propriedade e tecnologia, o que se observa é a incapacidade de se colocar no lugar do outro. Os músicos não estão em harmonia.

Neste momento em que a sociedade parece descrer da política e a juventude procura formas mais imediatas de inserção no jogo público, os músicos não podem representar o que eles mesmos ajudaram a superar: a arrogância dos que estão, por algum motivo, próximos do poder político e econômico. A MPB foi uma escola de participação para muita gente. Não pode perder essa marca e criar cisões que não valorizam ninguém.

Sem temperança A mesma sensação de falta de diálogo escorreu da discussão entre o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, e o ministro Ricardo Lewandowski. Por uma discordância em torno de questão técnica, Barbosa acusou o colega de fazer chicana, o que, no repertório jurídico, é ofensa grave. O mal-estar cresceu com a recusa do presidente em se retratar no momento da ofensa, o que significa confirmar a intenção injuriosa.

Não se trata de temperança que deveria dirigir as ações dos magistrados, mas, novamente, da incapacidade de dialogar. As diferenças entre os dois, que se traduzem em concepções jurídicas e políticas distintas em torno da arrastada Ação Penal 470, anularam não apenas o argumento do outro, mas sua pessoa integral.

O fato de a corte simbolizar para os brasileiros o ápice do sistema em que as divergências devem ser dirimidas à luz da lei torna a situação ainda mais preocupante. Quando não pode apelar para o Supremo, por sua incapacidade de superar conflitos que parecem ter inspiração mais psicológica que política, o cidadão perde a referência do universal que sustenta a lei.

Pode-se argumentar que Barbosa, com sua incontida inclinação para responder de bate-pronto, esteja inaugurando um momento menos hipócrita, que se traduziria, com o tempo, em ambiente mais transparente e verdadeiro. A se louvar em seu destempero o fato de não duplicar a moral entre a conveniência de um lado e a lei de outro. Ele não falaria pelas costas, o que é uma vantagem.

No entanto, em política – e é disso que se trata – até a raiva precisa ser democrática. Se apenas o presidente tem o direito de ofender, cria-se um regime de tirania. Se há um lugar em que falar e ouvir não deveria ser contido pelo relógio, esse espaço é a corte. Assim como os chefes indígenas, que falam sem se preocupar em serem ouvidos, os ministros precisam fazer a palavra circular. Eles são portadores.

Esses fatos, sintomas da falta de conversa, podem afetar, e muito, o tempo político que se avizinha. Não podemos cair no cinismo de que a política não serve para nada e de que nesse campo são todos iguais. Não são. E é para não chafurdar no pântano da alienação satisfeita que os donos da voz precisam voltar às origens e fazer do papo a concretização, na arena pública, daquilo que é a amizade na vida privada.
Só a conversa pode nos salvar.

 jpaulocunha.mg@diariosassociados.com.br

"Legado de Obama é oposto ao de Martin Luther King" - Cornel West

folha de são paulo
JOANA CUNHA
DE NOVA YORK
Ouvir o texto

O legado do primeiro presidente negro dos EUA será "o oposto do de Martin Luther King, que verteria lágrimas ao ver Barack Obama pender para o lado da hegemonia", diz à Folha o intelectual americano Cornel West, 60.
Uma das vozes negras mais influentes do país, o professor da Universidade Princeton apoiou a primeira campanha de Obama, mas, anos depois, o acusou de se tornar um fantoche de Wall Street.
Se Luther King estivesse vivo, não seria convidado para a homenagem aos 50 anos do discurso "Eu tenho um sonho", afirma West, que também ficou de fora do evento, na quarta-feira.
Bebeto Matthews - 3.nov.2011/Associated Press
O professor, teólogo e ativista Cornel West participa de protesto "Ocupe Wall Street", em Nova York
O professor, teólogo e ativista Cornel West participa de protesto "Ocupe Wall Street", em Nova York
*
"Eu tenho um sonho" completa 50 anos no dia 28. O que ficou do discurso?
Se Martin Luther King estivesse vivo hoje, derramaria lágrimas ao observar a pobreza, os salários estagnados e Wall Street no comando.
Mas muitos elogiaram o primeiro discurso de Obama sobre raça, quando a absolvição do branco George Zimmerman, que matou o negro Trayvon Martin, gerou protestos.
Muitos têm uma atitude protetora com relação a Obama por causa da [emissora]Fox News e da direita, mas há uma comunidade profundamente desapontada. Eles esperavam tão pouco dele que, quando fez um discurso, muitos se entusiasmaram. Mas sabem que o foco não está nas questões da classe trabalhadora e dos negros. O presidente, finalmente, disse alguma coisa sobre a nova Jim Crow [conjunto de leis segregacionistas vigentes nos EUA de 1876 a 1965]. As pesquisas mostram que ele está caindo na opinião dos negros. Pioraram o emprego, a educação e o salário. Há uma face negra simbólica na Casa Branca.
Que símbolo é este?
Obama ficará na história como o 'presidente dos drones' [aviões não tripulados]. E os negros sempre fomos mais desconfiados de atitudes como matar inocentes dentro e fora do país. Obama pendeu mais para o lado da hegemonia americana do que para aquilo pelo que Luther King morreu. Não vamos nos esquecer do irmão David Miranda [namorado do jornalista Glenn Greenwald], detido no aeroporto em Londres, pois também sabemos o que é ter nossos direitos violados. Os legados de Luther King e Obama são o oposto. Um é sigilo, falsidade e drones. O outro, sonhos, verdade e justiça. Luther King disse 'I have a dream' [Eu tenho um sonho], enquanto Obama diz 'Eu tenho um drone'.
Obama disse que Ray Kelly [chefe da polícia de Nova York] teria qualidades para chefiar a Segurança Interna. Mas não é Kelly quem defende o "stop and frisk", a prática de revistar pessoas tão criticada por ter como alvos negros e latinos?
É o que o presidente negro diz sobre um chefe de polícia envolvido em um programa de discriminação racial, com 5 milhões de jovens negros e latinos sendo parados e revistados. A Justiça agora chega à verdade, considerando a operação inconstitucional e coloca alguma pressão. Mas essa discriminação é uma forma de criminalizar os negros, especialmente os pobres, pois raça e classe são inseparáveis.
O senhor foi convidado para a homenagem aos 50 anos do discurso?
Ninguém me convidaria. Sou um negro livre. Lá, você não vai ouvir ninguém falando de "drones", nem de criminalidade em Wall Street e vigilância de cidadãos. Eles dizem coisas que só parecem progressistas. Mas não serão críticos ao governo. Luther King morreu falando de crimes do governo americano. O que importa sobre Edward Snowden e Glenn Greenwald é que estão revelando não só mentiras, mas crimes do governo americano.
Luther King seria convidado?
Sem chances. Se fosse, seria tirado do palco pois diria muitas verdades.
Como o sr. avalia a posição da Suprema Corte de ter derrubado uma parte da Lei do Direito ao Voto, de 1965, que era vista como uma proteção ao eleitorado negro?
É uma visão triste dos conservadores da corte. Temos de continuar lutando, não só pelo direito ao voto, mas também por ter alguém em quem votar, pois os dois partidos, democratas e republicanos, estão ligados ao 1% dos bancos e grandes empresas.

Tv Paga


Estado de Minas: 24/08/2013 


 (Universal Pictures/Divulgação)

Para adultos


A comédia Ted (foto), de Seth Macfarlane, é a grande novidade deste sábado na TV por assinatura. O filme estreia às 22h, no Telecine Premium, contando a história de um garoto que vê realizado um pedido que fez a Papai Noel: que seu ursinho de pelúcia ganhasse vida. John, o menino, e Ted, o brinquedo, crescem juntos e o urso começa a ficar mal-humorado com a idade. Já adulto, John precisa lidar com as consequências das ações de seu inusitado amigo de infância. No elenco, Mark Wahlberg e Mila Kunis nos papéis principais.

Boas alternativas no
pacotão de cinema


Também às 22h, estreia na HBO o suspense The entitled, sobre um cidadão em crise financeira que resolve sequestrar os filhos de três milionários e pedir um grande valor de resgate para resolver seus problemas. Na mesma faixa das 22h, o assinante tem mais oito opções: A cartomante, no Canal Brasil; Até que os parentes nos separem, na MGM; Separados pelo casamento, na Warner; Missão impossível, no Telecine Action; A garota da capa vermelha, na HBO 2; A mulher de preto, no Max HD; Filadelfia, no TCM; e Eu sou a lenda, no Space. Outras atrações da programação: Como perder um homem em 10 dias, às 21h, no Comedy Central e Edison – Poder e corrupção, às 21h.

Criatividade ajuda a
conquistar audiência


Sábado é dia também de muitos especiais, e o Telecine Touch até exagerou, anunciando logo duas sessões: Dupla emoção, com Confiar (16h) e Faces da verdade (18h); e outra dedicada à atriz Amanda Seyfried, com os filmes Cartas para Julieta (20h) e Mamma mia! (22h). O Megapix também faz o maior barulho com a sessão Teen, e a exibição de +velozes +furiosos, às 15h50; e o programa duplo com Quebrando as regras (19h50) e Quebrando as regras 2 (22h). O Universal Channel aposta no terror, com a reprise de Horror em Amityville (20h) e Halloween 2 (21h30). Já o A&E prefere convocar os maníacos de plantão, com Psicopata americano (20h) e Control (22h).

Sambistas vão fazer a
maior festa em Brasília

O pagode começa a rolar cedo hoje no Multishow. Mais precisamente às 17h, com o especial Samba Brasília, que vai transmitir ao vivo na TV e na web (www.multishow.com.br), diretamente do Estádio Nacional Mané Garrincha, os shows do Fundo de Quintal, Sambô, Péricles, Mumuzinho, Thiaguinho, Só Pra Contrariar e Jeito Moleque. Se o assinante quer algo mais refinado, a dica é o especial Bibi canta Piaf, com Bibi Ferreira, às 22h, no Arte 1. Na Cultura, duas atrações: o pianista Nelson Freire e a Orquestra Sinfônica Brasileira, regida pelo maestro Roberto Minczuk, na série Clássicos, às 21h45; e a cantora Tulipa Ruiz no Ensaio, às 23h15.

Documentário mostra
o sonho das Cinderelas


Viajando pelo Nordeste do Brasil, pela Itália e Alemanha, o diretor Joel Zito Araújo registrou imagens para discutir o sonho de cinderela de várias mulheres brasileiras que tentam encontrar um marido europeu. Muitas migram e se tornam dançarinas em apresentações de ritmos ligados ao Brasil, enquanto outras se transformam em prostitutas por causa da ausência de formação profissional. No entanto, o documentário Cinderelas, lobos e um príncipe encantado mostra que, ainda assim, uma minoria consegue criar o seu final feliz. No ar às 23h30, no canal GNT.

Histórias para cantar e contar [Doris Monteiro] - Sérgio Rodrigo Reis

A cantora Doris Monteiro conversa com o público, lembra seus 60 anos de carreira e interpreta clássicos na Funarte 


Sérgio Rodrigo Reis

Estado de Minas: 24/08/2013 
Doris Monteiro (Vanderley Lopes/divulgação  )
Doris Monteiro

São 60 anos de carreira, história de sobra para contar e rico repertório. A cantora Doris Monteiro chega hoje a Belo Horizonte para participar do projeto Salve rainhas. Além de interpretar clássicos da MPB, ela promete bate-papo animado com o público, conduzido pela jornalista Malluh Praxedes, na sede mineira da Funarte.

“Vou cantar meus sucessos”, avisa Doris, feliz em retornar a Belo Horizonte depois de quatro anos. “A última vez em que estive aí, participei de um grande show na Pampulha. Dividi o palco com vários artistas e foi ótimo”, lembra. “Sempre que vou a BH sou muito bem tratada. As pessoas são tão carinhosas comigo”, elogia.

Aos 15 anos, Doris estreou como cantora no programa de calouros Papel carbono, apresentado por Renato Murce na Rádio Nacional. O começo foi em grande estilo: por várias semanas ela permaneceu no palco como vencedora do concurso. A estreia na Rádio Tupi foi em 1951. Ficou lá por oito anos e lançou a canção que seria seu grande sucesso: Se você se importasse.

Doris foi ainda uma das primeiras cantoras a valorizar a nascente bossa nova. Gravou – e prestigiou – Tom Jobim, o jovem maestro, compositor e pianista que lutava por um lugar ao sol nos anos 1950.

No projeto Salve rainhas, ela promete interpretar composições marcantes de sua carreira, como Do ré mi e  Jovens reis do ar. Segundo ela, essas estão entre as preferidas dos fãs, que acompanharam sua carreira e os 20 discos que lançou.

A artista fez história dentro e fora do Brasil. Em 1990, a convite de Lisa Ono, viajou ao Japão para cantar em Tóquio, Osaka e Nagoia.

SALVE RAINHAS
Talk-show com Doris Monteiro. Hoje e amanhã, às 19h. Funarte MG, Rua Januária, 68, Floresta. Ingressos: R$ 5 (inteira). Informações: (31) 3213-3084 e www.salverainhas.com.br

As flores não falam... mas ouvem - Geórgea Choucair

Experimento realizado por biólogo da Universidade Federal de Viçosa (UFV) mostra que a interação de plantas com outros seres vivos pode ser mediada pelo som, como o das cigarras


Geórgea Choucair

Estado de Minas: 24/08/2013 

Raphael Jonas Cypriano concluiu que as plantas alteram sua forma e/ou funcionamento como resposta ao canto das cigarras     (André Valle/Divulgação)
Raphael Jonas Cypriano concluiu que as plantas alteram sua forma e/ou funcionamento como resposta ao canto das cigarras

Pesquisa de mestrado pioneira desenvolvida no Departamento de Biologia Geral da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Viçosa, Minas Gerais, mostra que as plantas podem responder diferentemente a sons emitidos por insetos, tendo como base experimentos que usaram o efeito do som das cigarras em parâmetros de trocas gasosas na planta beijinho ou maria-sem-vergonha (Impatiens walleriana). Os resultados, inéditos na área, mostram que a interação de plantas com outros seres vivos nas comunidades biológicas pode ser mediada pelo som. 


O trabalho, intitulado "Plantas respondem ao som produzido por insetos? Uma abordagem ecológica de um fenômeno físico", é parte da primeira dissertação de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da UFV (PPG Eco – UFV), defendida em dia 22 de julho. O autor, Raphael Jonas Cypriano, bacharel e licenciado em ciências biológicas, conta que o estudo segue a mesma linha de pesquisa realizada por ele durante sua monografia de conclusão de curso de graduação. Em 2010, ele pesquisou o efeito da música no tomateiro. Utilizando música instrumental, Cypriano mostrou, experimentalmente, que as plantas respondem em termos de aumento de fotossíntese (conversão da energia solar em compostos orgânicos) e crescimento.
"Mas não é todo som que pode aumentar a fotossíntese da planta. O som é composto por frequências diferentes, que podem estimular ou reduzir o crescimento dela", afirma Cypriano. Para fazer o estudo de mestrado, ele conta que foi empregada metodologia nunca antes utilizada no mundo. Foram construídas 10 câmaras isoladas acusticamente. Cada uma delas constituída por duas caixas de madeira de tamanhos diferentes, que foram colocadas uma dentro da outra e separadas por uma camada de lã de vidro, material isolante acústico. Dentro da caixa interna havia fonte de luz e de som. O som usado foi o canto das cigarras da natureza, gravado por um engenheiro de som em um fragmento de mata denominado Reserva de Biologia, que fica dentro do câmpus da UFV. 


O canto foi gravado no fim da tarde, horário de pico de emissão de som por esses insetos, durante 18 minutos contínuos. "O objetivo do experimento foi saber se a planta alterava sua morfologia (forma) e ou a sua fisiologia (funcionamento) como resposta ao canto das cigarras, o que poderia indicar que elas utilizavam esse som como uma fonte de informação sobre o ambiente físico", diz Cypriano. O canto da cigarra foi escolhido, segundo ele, pelo fato de ser o de maior volume sonoro da natureza. "E esse som é produzido no início da primavera, quando a maior parte das plantas começa a alterar sua fisiologia para a floração e a frutificação", observa.

PERCEPÇÃO A orientadora do projeto, Flávia Maria da Silva Carmo, completa que "o som da cigarra é composto por uma banda de frequência de alta intensidade, contínua ao longo do tempo, e que, se as plantas podem reconhecer esse padrão de som, isso indica que elas também poderiam utilizá-lo como uma fonte acessória de informação sobre o ambiente. As plantas percebem alterações de temperatura, luminosidade e de chuva que ocorrem de uma estação do ano para outra e as utilizam, por exemplo, como indicação de o quanto o ambiente está favorável para sua reprodução. O canto das cigarras poderia ser mais uma forma de perceber o ambiente que as cerca", observa. 


O experimento ocorreu durante 10 dias, em que cinco plantas foram expostas ao som das cigarras, uma dentro de cada caixa acústica. Outras cinco plantas permaneceram dentro das caixas acústicas, mas sem exposição ao som. As exposições sonoras foram feitas diariamente, uma hora pela manhã e uma hora à tarde. "Analisamos, ao longo do tempo, a taxa fotossintética diária e verificamos que houve aumento significativo de fotossíntese nas plantas expostas ao som das cigarras em relação às plantas sem som", observa Cypriano. Ele ressalta que a probabilidade estatística de o resultado obtido ter ocorrido devido a outros fatores ao acaso é de 0,2%.

Raízes e folhas mais fortes

A medida da taxa de fotossíntese das plantas pesquisadas foi feita utilizando um analisador de gás no infravermelho (do inglês IRGA), um aparelho que analisa as alterações nas concentrações de água e gás carbônico em uma pequena câmara, dentro da qual está pinçada parte de uma folha, sob feixe de luz infravermelha. Depois de constatar que houve aumento na taxa de fotossíntese da planta exposta ao som contínuo da cigarra, Cypriano fez uma nova experiência. Ele pegou a mesma gravação com o som das cigarras e desorganizou o padrão, recortando pequenos pedaços e colando em outros locais da gravação, deixando o som todo misturado. Com esse som misturado, repetiu o experimento anterior, fazendo aplicações nas plantas dentro das câmaras acústicas, com e sem exposição ao som.


No segundo experimento o resultado foi contrário: houve redução da taxa de fotossíntese das plantas expostas ao som misturado em relação às plantas sem interferência sonora. "A conclusão é que as plantas podem reconhecer o som e a sequência temporal do canto das cigarras", observa. Uma sutileza de alteração do som, diz, gerou resposta diferente nas plantas. "A duração do som pode influenciar também. Se eu colocar o som o dia inteiro, por exemplo, pode ser que ocorra estresse na planta", afirma Cypriano.


"O que obtivemos não foi uma resposta ao estímulo puramente físico do som, uma vez que os sons misturados têm características físicas iguais às do som original das cigarras. Foi uma resposta fisiológica, relacionada com o reconhecimento das diferenças entre a organização dos dois sons", afirma a professora Flávia, orientadora do projeto. Segundo ela, ainda não é possível dizer qual é o mecanismo relacionado à resposta diferente da fotossíntese das plantas ao som original e ao som das cigarras misturado. "Mas está provado que alguma coisa diferente ocorre. Podemos afirmar que há uma alteração fisiológica nas plantas e isso indica que elas respondem às diferenças entre os sons. Mas não sabemos ainda em que nível de organização isso ocorre, como também não podemos afirmar que as plantas ouvem", diz.

TOMATES Em 2010, quando trabalhava na monografia, Cypriano cultivou 10 tomateiros em casa de vegetação. Para fazer o experimento, ele transportava diariamente cinco plantas para salas distintas, com distância de mais de 30 metros, mas com o mesmo controle de luz e das condições ambientais. Durante 17 dias, das 7h às 11h, Cypriano aplicou o som do rock instrumental em uma das salas. Em seguida, analisou a taxa de fotossíntese e crescimento das plantas. "Houve aumento nos padrões de fotossíntese e de crescimento da folha e da raíz e no conteúdo de clorofila", afirma. A diferença entre os resultados obtidos na monografia e na dissertação de mestrado é que, no segundo trabalho, existe a indicação de uma relação evolutiva entre os organismos, já que insetos e plantas têm coevoluído nos mesmos ambientes há milhões de anos, e na dissertação foi também evidenciado que há algum mecanismo de distinção entre os inúmeros sons que atingem as plantas em seus ambientes. "Mas muitas outras investigações ainda devem ser realizadas até que consigamos entender perfeitamente como isso ocorre", observa Flávia.


A segunda parte da monografia de Cypriano foi de entrevista com 19 professores de biologia vegetal e 16 do Departamento de Física da UFV sobre o tema estudado. De todos os entrevistados, 46% não acreditam que a música pode influenciar na taxa de fotossíntese das plantas; 34% acreditam que a música pode influenciar e 20% não souberam responder ao questionamento. "Alguns afirmaram que a música não influencia porque as plantas não têm ouvidos, sistema  e nervos, e alguns falaram até que elas não têm emoções", completa.

EDUARDO ALMEIDA REIS - Verborragia‏

Pintadas com tintas derrapantes que nem quiabo, nossas ciclovias são ideais para a invenção de mais um esporte: o esqui asfáltico 


Publicação: 24/08/2013 04:00




Pode-se dizer muito em meia dúzia de palavras. Penso, logo existo (Descartes), Só sei que nada sei (Sócrates), Mediocridade dourada (Horácio), O dado está lançado (Júlio César). Há divergências a respeito dessa última sentença. Suetônio disse que César, ao transpor com suas tropas o Rio Rubicão, teria exclamado Jacta est alea, “a sorte está lançada”, mas Plutarco disse que a frase foi em grego “o dado está lançado”, reproduzindo o comediógrafo Menandro (342-292 a.C.).

Sempre fui bom de síntese – método, processo ou operação que consiste em reunir elementos diferentes, concretos ou abstratos, e fundi-los num todo coerente. Nada brilhante como a turma citada acima: digamos que minhas sínteses fossem comentários de 200 ou 300 palavras, que os jornais e as revistas encomendam para preencher suas páginas. Já pensaram numa página, como esta aqui, preenchida com Penso, logo existo e só com as três palavras de Descartes? Que, por sinal, foram cinco em francês: Je pense, donc je suis. E ficam supimpas em latim: Cogito, ergo sum.

De uns tempos a esta parte, contudo, baixou ni mim uma verborragia preocupante. Um dos arquivos aqui do computador estoca as tolices que vou compondo para recolher, conforme o assunto e o número de palavras, e publicar nos veículos em que trabalho. Uma revista pede 750 palavras, outra limita a 560 e uma terceira exige 4.200 caracteres com espaços, nem mais, nem menos.

Para que o leitor faça ideia, até “menos”, na frase anterior, havia 1.403 caracteres com espaços. Penso que nesta coluna, quase diária, do Grande Jornal dos Mineiros, cabem dois ou três comentários totalizando 600 palavras, a seção “O mundo é uma bola”, que muito me diverte fazer com 200 palavras e uma ruminança. Ninguém aguenta mais que uma ruminança, que é para ruminá-la durante horas. Veículos que entopem de citações uma página conseguem que os seus leitores não guardem uma só frase.

Pois muito bem. Nos últimos tempos, com o acesso de verborragite, está ficando difícil encontrar suelto de menos que 400 palavras. Se uso dois num Tiro & Queda, não sobra espaço para “O mundo é uma bola”.

Pot-pourri


Não dá para entender a implicância do nosso Mario Fontana com a febre cicloviária belo-horizontina. Já o nosso Téo Mascarenhas disse que a PBH inventou a Ciclovia do Quiabo, o que não espanta num país que já teve a Ferrovia do Diabo matando milhares de operários e engenheiros durante a construção. Pintadas com tintas derrapantes que nem quiabo, nossas ciclovias são ideais para a invenção de mais um esporte: o esqui asfáltico. Ladeiras não faltam para a prática da salutar atividade esportiva, ainda mais emocionante quando se sabe que os motoristas não respeitam as faixas pintadas para uso exclusivo dos ciclistas, nas quais só transita uma ou outra bicicleta pela Páscoa da Ressureição.

Vejam-se os bairros de Santo Antônio e São Pedro: são ideais para a instalação de ciclovias, desde que a PBH construa elevadores de bicicletas. Há exemplos em algumas regiões europeias. O ciclista agarra um cabo que sobe até ao alto do bairro. Uma vez lá em cima, o bicicletista volta pelas ladeiras muito íngremes, que são dezenas em diversas ruas.

Pulemos para os cerimoniais. Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, é o terror dos cerimoniais. Não os respeita e vem de provar que o pontificado é infenso ao vírus H1N1. Idoso, exausto, com um só pulmão, enfrenta as chuvas e os ventos beijando todos os fiéis que dele se aproximam. Qualquer cidadão que não fosse papa, depois de se expor às intempéries e aos vírus que andam matando neste país grande e bobo, griparia com direito a extrema-unção. Repórteres e fotógrafos que ficaram de plantão no Sumaré atestaram que aquilo é uma Sibéria.

Governos de Minas sempre tiveram cerimoniais comandados por profissionais da melhor competência. Lembro-me de solenidade na Academia Mineira de Letras, onde o cerimonialista oficial inventou uma faixa para separar os jornalistas dos demais convidados. Como acadêmico, tive o direito de ficar do lado de cá da faixa, enquanto o profissional do cerimonialismo examinava as credenciais e os convites para botar os jornalistas do lado de lá.

O tipo da função fácil, porque a rapaziada, quando não está com o colete de fotógrafo profissional (tenho um), máquina e sacola com diversos equipamentos, pode ser identificado pela indumentária masculina ou feminina. Jornalistas vestem-se mal, mistura de salários baixos e egos elevados. Em verdade vos digo: está para nascer o jornalista que caiba em seu ego. Os cronistas, porque achamos que o mundo gira em torno dos nossos umbigos; os repórteres, porque têm a certeza de que a importância da cerimônia reportada depende do que vão escrever depois de voltar às redações. O pessoal das tevês dispensa apresentações: cerimônia sem tevê é bisonharia, acanhação, escabreação, encalistramento.

 O mundo é uma bola

24 de agosto tem um monte de coisas para escrever, mas falta espaço. Em 410, Roma foi saqueada por Alarico I; em 1891 Thomas Edison patenteia a câmera de cinema; em 1943 a aviação aliada destrói 80% de Frankfurt e em 1954 Getúlio Vargas se suicida com um tiro no peito.

Ruminanças
“...piora com o remédio” (Virgílio, 70-19 a.C.).

Ruy Castro

folha de são paulo

Buck vs. Flash

Ouvir o texto

RIO DE JANEIRO - Sempre achei que o cidadão precisa tomar partido. Entre duas opções equivalentes, ele deve pesar uma e outra, e decidir por uma delas. Ou não pesar nada, e decidir do mesmo jeito. Isso vale para religião, política ou futebol, e também para quesitos que, para os outros, podem não ser importantes, mas, para ele, são.
No meu caso, sempre preferi Paris a Nova York, gatos a cachorros, praia a montanha, jiló a quiabo e Nara a Elis. Claro que, em alguns casos, me enganei --somente há pouco, por exemplo, constatei que passei 50 anos torcendo pelo bombom errado. Mas nada supera a sensação de se certificar de que uma escolha feita no passado era a correta.
Buck Rogers vs. Flash Gordon. Ao contrário de todo mundo da minha turma, sempre gostei mais de Buck Rogers. Descobri-o no caderno de quadrinhos do "Correio da Manhã" nos anos 50 --as cores só faltavam saltar da página-- e, quando conheci Flash Gordon, muito depois, todos aqueles foguetes e asteroides pareciam "déjà-vu". E, se vinham me dizer que Buck era uma imitação de Flash, eu tinha o prazer de informar que era o contrário --Buck foi criado por Philip Nowlan e Dick Calkins em 1928; Flash, por Alex Raymond em 1934.
Nesta semana, assisti ao seriado "Buck Rogers", de 1939, do mesmo estúdio (Universal), diretor (Ford Beebe) e ator que já vivera Flash Gordon em seriados anteriores: Buster Crabbe. Pois também no cinema Buck supera Flash. Num show de delírio futurista, seus personagens têm raios laser, cinto antigravitacional, VLT (veículo leve sobre trilhos), rastreadores tipo GPS, telefone viva voz, TV interativa, ponte aérea Terra-Saturno, e acham tudo muito natural.
Mas fulminante mesmo é a cenografia do filme. Comparada à arquitetura e aos cenários Art Déco de "Buck Rogers", até a "Metrópolis" de Fritz Lang parece Brejo Seco.
ruy castro
Ruy Castro, escritor e jornalista, já trabalhou nos jornais e nas revistas mais importantes do Rio e de São Paulo. Considerado um dos maiores biógrafos brasileiros, escreveu sobre Nelson Rodrigues, Garrincha e Carmen Miranda. Escreve às segundas, quartas, sextas e sábados na Página A2 da versão impressa.

Mônica Bergamo

Folha de São Paulo

Cartão Minha Casa Melhor vai chegar a R$ 1 bi em empréstimos para compras de móveis

Ouvir o texto
Até a virada do mês o cartão Minha Casa Melhor vai chegar a R$ 1 bilhão em empréstimos para compra de móveis e eletrodomésticos. O programa do governo federal empresta até R$ 5.000 aos beneficiados do Minha Casa, Minha Vida.
FORNO
Até julho, segundo a própria presidente Dilma Rousseff informou ao receber a Folha para uma entrevista exclusiva, o número de contratos do programa chegava a 136 mil.
VITRINE
Os aeroportos das 12 cidades-sede da Copa de 2014 vão expor artesanato local nos saguões. Mas os produtos não poderão ser vendidos, em respeito aos contratos já existentes de concessão nas zonas aeroportuárias para outros estabelecimentos de comércio. O Ministério do Turismo destinará R$ 2,2 milhões para a iniciativa, e a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, outros R$ 5 milhões.
MICROFONE
Marta Suplicy convidou Gloria Pires para apresentar a Ordem do Mérito Cultural 2013. A condecoração será entregue em novembro, no auditório do Ibirapuera, em SP. Uma das agraciadas será Lucy Barreto, produtora de "Flores Raras". O filme, com Gloria no elenco, é o preferido da ministra da Cultura para representar o Brasil no Oscar. Ela garantiu apoio da pasta à campanha pela candidatura do longa.
UM PÁSSARO ME CONTOU
Claudia Carvalho
Laerte Coutinho e Rita Lee vão lançar o livro "Storynhas", com minicontos da cantora ilustrados pelo cartunista da Folha. As 80 histórias foram tiradas do perfil dela no Twitter.
*
A roqueira também aparece no livro, que sai pela Companhia das Letras até o fim do ano. "Fiz desenhinhos dela bem magrinha, com o cabelo vermelho. Como se fosse uma espécie de fada Sininho", diz Laerte.
*
A parceria, já desejada há tempos pelos artistas, foi intermediada pela editora. Laerte segue a página de Rita no microblog. Gosta tanto que diz achar "até o bom-dia dela sensacional".

TEORIA
Assuntos como formação de cartel, monopólio e concorrência desleal são tratados no livro "Direito Econômico", que Modesto Carvalhosa lança na segunda, em SP. Na obra, que reúne estudos feitos por ele há 40 anos, o advogado afirma que cartéis não são necessariamente maus e que devem ser avaliados caso a caso. Os textos são até hoje referência para profissionais e estudantes da área.

VERBA CURTA
A antropóloga Esther Hamburger, o cônsul interino da Suíça em São Paulo, François Duvanel, os cineastas Renata Druck, Hasan Serin e Marcelo Masagão e a produtora de festivais Tünde Albert estiveram no coquetel de abertura do 24º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo. A diretora do festival, Zita Carvalhosa, e o diretor do Sesc, Danilo Santos de Miranda, recepcionaram os convidados no Sesc Pinheiros. Em seu discurso, Zita agradeceu aos diretores de outros países --eles aceitaram ficar hospedados em albergues durante o evento.

Abertura do Festival de Curtas Metragens

 Ver em tamanho maior »
Zanone Fraissat/Folhapress
AnteriorPróxima
Zita Carvalhosa, diretora do Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo, recebeu convidados no coquetel de abertura da 24ª edição do evento, na quinta (22), no Sesc Pinheiros
Com ELIANE TRINDADE, JOELMIR TAVARES e ANA KREPP
Mônica Bergamo
Mônica Bergamo, jornalista, assina coluna diária publicada na página 2 da versão impressa de "Ilustrada". Traz informações sobre diversas áreas, entre elas, política, moda e coluna social. Está na Folha desde abril de 1999.