quarta-feira, 12 de junho de 2013

O amor mais que romântico - MARTHA MEDEIROS

ZERO HORA - 12/06/2013

Quando era criança, assistia a filmes e novelas românticas e pensava: será que um dia escutarei “eu te amo” de alguém? É bem verdade que ouvia todo dia da minha mãe, mas não era do mesmo jeito que o Francisco Cuoco dizia para a Regina Duarte. Eu sonhava com o “te amo” apaixonado, dito por um homem lindo, e com a voz um pouco trêmula, para deixar sua emoção bem evidente. Será que era invenção do cinema e da tevê, ou essas coisas poderiam acontecer mesmo?

Passou o tempo. Cresci, ouvi e retribuí. Clichê? Que seja, mas não há quem não se emocione ao escutar e ao dizer, ao menos nas primeiras vezes, em pleno encantamento da relação, quando a declaração ainda é fresca, pungente, verdadeira, a confirmação de algo estupendo que se está experimentando, um sentimento por fim alcançado e que se almeja eterno. Depois ele entra no circuito automático, vira aquele “te amo” dito nos finais dos telefonemas, como se fosse um “câmbio, desligo”.

O tempo seguiu passando, e me encontro aqui, agora, descobrindo que há outro tipo de “te amo” a ser escutado e falado, diferente dos que acontecem entre pais e filhos e entre amantes. É quando o “te amo” não é dito a fim de firmar um compromisso, para manter alguém a par das nossas intenções ou experimentar uma cena de novela. Ele vem desvinculado de qualquer mensagem nas entrelinhas, não possui nenhum caráter de amarração e tampouco expectativa de ouvir de volta um “eu também”. É singular. Estou falando do amor declarado não só quando amamos com romantismo, mas também de outra forma.

Explico: tenho dito “te amo” para amigas e amigos e escutado deles também. Uma declaração bissexual e polígama, que resgata esse sentimento das garras da adequação. Volta a ser o amor primitivo, verdadeiro, sem nenhuma simbologia, puro afeto real. Amor por pessoas que não conheci ontem num bar, e sim por quem já tenho uma história de vida compartilhada.

Amor manifestado espontaneamente àqueles que não me exigem explicações, que apoiam minhas maluquices, que fazem piada dos meus defeitos, que já tiveram acesso ao meu raio X emocional e sabem exatamente o que levo dentro – e eu, da mesma forma, tudo igual em relação a eles. Mais do que nos amamos – nos sabemos.

É um “te amo” que cabe ser dito inclusive aos ex-amores, ao menos aos que nos marcaram profundamente, aos que nos auxiliaram na composição do que nos tornamos, e que mesmo nos tendo feito sofrer, foram fundamentais na caminhada rumo ao que somos hoje. E indo perigosamente mais longe: esse ex-amor pode ainda ser seu marido ou sua mulher, mesmo já não fazendo seu coração saltar da boca. Pelo trajeto percorrido, e por ter alcançado o posto de um amigo mais que especial, merece uma declaração igualmente comovida.

É quando o “eu te amo” deixa de ser sedução para virar celebração. 

FERNANDO BRANT » O melhor da viagem‏


Estado de MInas: 12/06/2013 


Confesso que sou um péssimo turista. E as grandes viagens me cansam cada vez mais. Por mais experiência que tenha adquirido, não sou mais o passageiro desinformado de antes. Enfrentar as agruras de aeroportos e alfândegas, de autoridades ferozes a nos esperar depois de horas e horas de voo e noites maldormidas é algo que ainda me incomoda. A legislação e os costumes são outros, a casa ficou a quilômetros e quilômetros de mim, e continuo a não gostar de ser estrangeiro. “Em Minas ou em Paris”, como já disse em uma canção.

Viajando mais por obrigação do que por escolha, o jeito é me concentrar nas tarefas a serem executadas. Aí o tempo passa mais depressa. Talvez esteja exagerando, por estar chegando de viagem longa e cansativa. Até enquadrar a alimentação, tomar banho generoso e dormir quase meio dia, não fui homem de concatenar bem as coisas. Descansado, devo admitir que conheci muita gente boa em meu andar pelo mundo, vi coisas belíssimas, aprendi muito. “Viajar é mais, eu vejo mais.”

Mas existe uma coisa que sempre me desagradou desde adolescente com pretensões artísticas: as fronteiras. Penso que devíamos ser livres para chegar e partir, ir e vir de qualquer lugar, sem burocracia. Sei que na realidade o mundo é cruel e mais insano que o meu sonhar poético. Mas essa minha desavença com as fronteiras não parece ter fim, está cravada em meu interior.

Acrescento o fato de que uma viagem de oito ou 10 horas nos impõe uma jornada de sacrifício de mais de um dia, do lar ao destino, do destino ao lar. É coisa para aventureiro e isso eu não sou. Se tivesse nascido em outros tempos, não teria opção. Mas nos tempos dos jatos e da alta tecnologia não deveria ser assim.

Quanto ao péssimo turista que sou, confesso que não levo máquinas para fotografar os lugares por onde passo. Não fotografo há anos. Fotografava no tempo em que minhas crianças eram crianças. Hoje elas tiram fotos dos netos, o que me basta. Admiro a fotografia e ela é parte importante em minha vida, sempre foi. Tenho um prazer enorme em contemplar a obra dos gênios da fotografia. E gosto muito de ver as fotos que os amigos e familiares me mostram. Sou um feliz espectador.

Nunca apreendi o jeito japonês e de tanta gente de excursionar: fotografam tudo o que está à sua frente e depois vão curtir, em casa, o que a máquina captou. Prefiro ver e guardar na memória.

Quando o avião pousou, na manhã do último domingo, em minha cidade, quase morto de cansado, veio-me o sentimento bom de estar em minha terra. Ao passar pela alfândega e ser tratado com muita gentileza, tive certeza de que o melhor da viagem é chegar.

Frei Betto - Evitar bandidos precoces‏

Alguns fetos trazem de berço, ou melhor, de barriga, o gene da compulsividade assassina 


Frei Betto

Estado de Minas: 12/06/2013 


Já que o assunto é redução da maioridade penal, tenho uma sugestão que, com certeza, facilitará, e muito, a prevenção à criminalidade. Supondo que reduzir de 18 para 16 anos é mero paliativo juridicês, tendo em vista que há assassinos com menos de 16 anos, deve-se encontrar uma solução para que, em breve, não haja nova campanha para criminalizar pivetes de 14, 12 ou 10 anos de idade. Sei inclusive de casos em que o criminoso tinha 6 e 5 anos. O que fazer?    

Não sendo eu jurista, mas apenas opinista, meto a colher nesse caldeirão para sugerir que se instale uma delegacia de polícia em cada maternidade. Assim, como somos todos potenciais terroristas em aeroportos, o que obriga a nos submeter a controles eletrônicos e revistas pessoais (talvez o leitor nem desconfie que uma fivela de cinto ou um adorno de metal no sapato é capaz de derrubar um avião!), todo bebê passa a ser considerado, pela legislação vigente, um bandido em potencial.

“Até os filhos de ricos?”,pergunta minha tia Maroca. Até eles, tia. Não sabe a senhora que entre filhos de famílias abastadas há viciados em drogas que, fora de si, são capazes de hediondas atrocidades?A senhora não lê jornais? (Não lê, bem sei, só se informa pela TV, que, em geral, omite crimes de gente rica.) Não sabe que, infelizmente, os pobres são mantidos presos sem culpa formada e sentença decretada, enquanto os ricos criminosos contratam bons advogados que os mantêm em liberdade?

Até os bebês nascidos em berço esplêndido deveriam ser preventivamente fichados na delegacia maternal. Todo exame pré-natal seria remetido ao Instituto Médico Legal, onde se faria também, via gota de sangue, o exame genético.   

 Como todos sabemos, alguns fetos trazem de berço, ou melhor, de barriga, o gene da compulsividade assassina. Você, leitor, e eu, por exemplo, graças a Deus nascemos livres desse maldito gene. Nunca matamos ninguém além de baratas e aulas. Aqueles, entretanto, que a perícia identificar dotados do referido gene (que, curiosamente, predomina entre bebês das classes desfavorecidas) seriam sumariamente abortados.   

Calma, tia Maroca, calma! Nenhum problema com a Santa Madre Igreja. Ela não apregoa o pecado original, versão bíblica do gene maldito? Não defende que é preciso cortar o mal pela raiz? Os bebês que, por acaso, lograrem nascer antes de emitido o laudo pericial não seriam registrados em cartório, mas fichados na polícia. Não receberiam certidão de nascimento, e sim prontuário. Não iriam ao berçário, mas ao crechário, a creche do sistema penitenciário. Não teriam direito a carrinhos, e sim a gaiolas.      

Tia Maroca, ao ter o privilégio de ser a primeira a conhecer essa minha magistral ideia, objetou se a criminalidade não seria decorrente da falta de educação, tanto na família quanto na escola, e das precárias condições sociais nas quais muitos nascem e são criados.      Nada disso, querida tia! A senhora se refere a pais desempregados ou submetidos a subempregos, que mal podem criar seus filhos? E a mão invisível do mercado, cometeríamos o grave erro de amputá-la? A tia argumenta que pais alcoólatras espancam suas crianças, que, revoltadas, se tornam violentas. Ora, tia, como prejudicar a promissora indústria de bebidas alcoólicas, que tantos tributos pagam ao governo? Com esse moralismo inócuo? Sim, sei que a senhora vive propalando que a maioria de nossas escolas não oferece educação de qualidade, a matricula é cara, não há aulas em tempo integral, os índices de reprovação e evasão escolares são altos.     

O que espera a senhora? Que o governo gaste seu rico dinheirinho com educação? Cada família que se vire! O que seria de nossos nobres deputados, senadores, juízes, ministros, andando por aí mal vestidos, parados no ponto de ônibus à espera de condução ou espremidos no metrô, viajando por via terrestre em nossas estradas esburacadas, morando em cortiços e desprovidos de gabinetes bem equipados?     

Seria uma vergonha para a nação! A falência do poder público! Imagine a cara de um político vendo a sua piscina vazia! Não combina com a beleza de uma mansão. Água em banheiro e cozinha de escola pública não faz tanta falta. É até educativa essa estiagem. Obriga a garotada a economizar água e limpar as partes pudendas com jornal velho.    

Ora, não quero fugir ao tema nem aborrecer o leitor. Proponho, em resumo, que toda criança vadia seja recolhida por viaturas semelhantes às antigas carrocinhas de cachorro e tratada pelo método Lombroso. E, para evitar arrastões, que haja nos restaurantes equipamentos de controle eletrônico iguais aos de aeroportos, o que impediria a entrada de armas ilegais. Os frequentadores, desde que portadores de armas legais, seriam admitidos. (Só falta tia Maroca gritar em favor do desarmamento geral, prejudicando os robustos negócios da indústria e do comércio de armas.) Tenho dito. O feito fica por conta do poder público. 

MARCANTONIO VILAÇA » Mostra especial Walter Sebastião

Estado de Minas

Importante iniciativa voltada para jovens artistas plásticos, o Prêmio Marcantonio Vilaça vai comemorar seus 10 anos em maio do ano que vem. Exposição no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, reunirá cerca de 90 nomes, entre criadores premiados e selecionados no concurso.

Também participarão da mostra artistas que ganharam projeção a partir da ação do galerista pernambucano Marcantonio Vilaça (1962 – 2000), como Vik Muniz, Beatriz Milhazes, Valeska Soares e Adriana Varejão. A curadoria geral será assinada por Marcus Lontra, com consultoria de Celso Fioravante.

“A opção pela retrospectiva vem do fato de os contextos do Brasil e da arte terem mudado ao longo da última década. Se temas como itinerância, apoio e oferta de oportunidades para artistas e curadores continuam significativos, há novos desafios, como a aproximação entre arte e indústria”, afirma Cláudia Ramalho, coordenadora do prêmio.

De acordo com ela, essa proposta será traduzida em ações educativas programáticas voltadas para alunos dos cursos ministrados no Sesi e no Senai. “Inovação e criatividade representam desafios para a indústria. A arte pode ajudar nesse processo”, observa Cláudia. Uma das marcas do prêmio é a democratização e a difusão da arte feita no Brasil, reforça ela.

Cao Guimarães, Daniel Escobar, Frederico Câmara, Laís Myrrha, Laura Belém, Laura Lima, Lucas Bambozzi, Márcia Xavier, Marco Paulo Rolla, Marilá Dardot, Matheus Rocha Pitta, Pedro Motta, Rodrigo Mogiz, Sara Ramo e Thiago Rocha Pitta são alguns dos criadores ligados a Minas Gerais que participarão da retrospectiva do Prêmio Marcantonio Vilaça.

Depois do amor, a DR - Mariana Peixoto

Antes da meia-noite, terceiro filme de Richard Linklater sobre o casal Celine e Jesse, entra em cartaz sexta-feira. Dezoito anos após o primeiro encontro, eles discutem a relação na Grécia 


Mariana Peixoto

Estado de Minas: 12/06/2013 



Julie Delpy e Ethan Hawke em Antes da meia-noite: um dos casais mais famosos do cinema romântico contemporâneo

“Pense nisso: daqui a 10, 20 anos, você está casada. Só que seu casamento não tem a mesma energia de antes. Você começa a culpar seu marido. Você começa a pensar em todos os caras que encontrou na vida e o que poderia ter acontecido se tivesse ficado com um deles. Bem, eu sou um desses caras.” Foi dessa maneira que o americano Jesse convenceu a francesa Celine, que tinha acabado de conhecer, a deixar o trem que iria levá-la a Paris e acompanhá-lo por uma noite em Viena. No verão de 1995, ele é realmente um desses caras. Dezoito verões mais tarde, Jesse ainda é um cara. Só que o marido.

Nada será como antes para Jesse e Celine, os personagens que movem não a mais bonita, porém certamente uma das mais verdadeiras histórias de amor do cinema contemporâneo. Dezoito anos depois de Antes do amanhecer e nove depois Antes do pôr-do-sol, o cineasta norte-americano Richard Linklater lança Antes da meia-noite, filme que coloca em xeque a relação do casal interpretado por Ethan Hawke e Julie Delpy, coautores da (pelo menos até agora) trilogia. Lançado em janeiro no Festival de Sundance, chega aos cinemas brasileiros nesta sexta-feira.

Depois de se conhecerem e passar uma noite em Viena aos 20 e poucos anos, se encontram em Paris aos 30 e poucos, os dois, recém-entrados na casa dos 40, casados e pais de gêmeas, estão em férias na Grécia. Durante seis semanas do verão, conviveram com um grupo diverso de pessoas num cenário idílico que esconde a crise econômica pela qual passa o país. Não é preciso ir muito longe para perceber a metáfora. Jesse e Celine, a despeito do entrosamento que salta aos olhos, também estão com problemas. O confronto vai ocorrer justamente em sua última noite na praia, quando deixam as filhas aos cuidados de amigos e vão passar a noite num hotel.

Isso só ocorre no terço final da narrativa. O gatilho está logo no começo. No aeroporto, Jesse se despede de Hank, o filho adolescente que teve com a primeira mulher. Hoje, o garoto vive com a mãe em Chicago e o pai, radicado em Paris, sente por perder os anos de formação do filho. Acredita que uma mudança com toda a família para os Estados Unidos pode mudar a situação. Celine é radicalmente contra.

A assinatura de Linklater continua presente, principalmente com longas sequências em movimento, sempre pontuadas por diálogos inteligentes e absolutamente naturais, que acabam remetendo aos filmes anteriores. A primeira delas traz 14 minutos de Jesse ao volante e Celine a seu lado. É banal, tanto por isso adorável, os dois brincando de brigar sobre parar ou não para mostrar às filhas (mais) uma série de ruínas gregas ou o que vai acontecer quando o pai “rouba” metade da maçã de uma delas. Ou então vê-la imitar, na frente dos outros, uma mulher estúpida que se encanta ao conhecer um escritor.

É admirável o que o diretor e a dupla de atores fizeram com os personagens: optaram pelo caminho mais difícil, que certamente não vai agradar a todos. Até pela impossibilidade de ser vivida em toda a sua plenitude, a relação apresentada nas narrativas anteriores, ainda que factível, era totalmente idealizada. Numa situação diferente, o embate é certeiro, numa longa e cruel DR que por vezes exaspera o espectador. O amor ainda se faz presente, mas há muita coisa ao redor para massacrá-lo: a criação das filhas, a ex-mulher vingativa, a aproximação da meia-idade, frustrações profissionais, além do mais puro desgaste da vida a dois. No passado, eles se desafiavam a ficar juntos apesar de não ter tempo para tal. Agora, o desafio do casal é se manter unido por toda a vida. A procura da razão, quem já viveu uma longa história de amor sabe, é a parte mais difícil.


Terminou?
A pergunta obrigatória para os fãs do casal  – “Vai haver um quarto filme?” – não tem uma resposta objetiva: “Vamos nos afastar de Jesse e Celine por agora, vamos deixar que eles continuem conversando, e então veremos. Quem sabe?”, foi o que disse Linklater. Aguardemos os próximos nove anos.


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Inspiração

Nos créditos finais de Antes da meia-noite, aparece uma dedicatória a uma certa Amy Lehrhaupt. Foi o encontro dela com o diretor Richard Linklater que o teria inspirado a criar a história de amor entre Jesse e Celine. O ocorrido, que só veio à tona há poucos meses, tem pelo menos 25 anos. Linklater a teria conhecido numa loja de brinquedos. “Ficamos uma noite inteira caminhando pela Filadélfia em 1989 e só descobri há poucos anos que ela havia morrido jovem, num acidente da moto”, afirmou o diretor à imprensa internacional. Amy teria morrido poucos meses antes de Linklater filmar o primeiro encontro entre Jesse e Celine em Viena, para o filme Antes do amanhecer (1995).


Cenas dos capítulos anteriores



• Viena, 1995//Antes do amanhecer
Se for para falar em comédia romântica, termo hoje um tanto desgastado, este é o único a se encaixar perfeitamente no conceito do subgênero. Dois jovens se conhecem num trem e decidem passar uma única noite juntos em Viena. No Café Sperl, conversam sobre si próprios num jogo de falsos telefonemas; na Wiener Riesenrad, mais antiga roda-gigante do mundo, beijam-se pela primeira vez. Passam a noite no parque e, no dia seguinte, se despedem na estação de trem. Sem trocar nenhuma informação como endereço ou até mesmo sobrenome, decidem se encontrar na mesma plataforma exatos seis meses mais tarde.




• Paris, 2004//Antes do pôr-do-sol

Mais curto dos três filmes – tem apenas 80 minutos –, traz uma narrativa em tempo real. Nove anos depois da noite em Viena, Jesse é um autor promissor. Publicou romance que relata o que ocorreu com Celine e, quando vai lançá-lo em Paris, acaba a reencontrando. Casado e com um filho pequeno, ele tem poucas horas até o embarque para o voo que vai levá-lo de volta aos EUA. Em uma hora os dois conversam em cenários como a livraria Shakespeare & Co., Le Pure Café, o (parque) Promenade Plantée e o Sena. Jesse finalmente vai até a casa de Celine. Ao ouvi-la ao violão tocando A waltz for a night (Valsa para uma noite), ele entende absolutamente tudo. A cena final, com o jogo de olhares, as meias palavras e Nina Simone ao fundo, é antológica.

Tv Paga


Estado de Minas: 12/06/2013


Policial à francesa


O motivo do crime é o episódio de estreia da série policial A dupla (foto), do TV5 Monde. Na atração, exibida às 20h30, Gabriel, excelente policial, mas eterno adolescente, tem nova parceira de equipe: Carole, policial militar encantadora, um tanto rígida, casada com o juiz responsável pelas investigações da dupla. Gabriel é filho adotivo do prefeito, Max, que por sua vez é também padrinho da máfia local. A unidade é dirigida com muita incompetência por Axel. A série tem direção de Patrick Volson e elenco formado pelos franceses Bruno Slagmulder (Gabriel), Laure Marsac (Carole), Jacques Boudet (Max) e Pascal Elso (Axel).

Eterna rivalidade
entra em campo


O programa Vizinhos queridos, às 14h35, no Canal Futura, vai à Argentina descobrir o que os hermanos esperam da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. A partir desse tema, o documentário investiga a rivalidade entre os países vizinhos. O professor Pablo Alabarces, o jornalista Walter Vargas e o garçom Carlos Pino, que vivem em Buenos Aires, falam do Brasil sob o ponto de vista argentino. A direção é de Pedro Nogh.

Passado escondido
no fundo do mar


Uma expedição aos destroços do Titanic é a atração às 22h30, do canal Fox. A emissora leva uma sobrevivente do naufrágio a relembrar uma grande história de amor que viveu no navio. Em 1912, na única viagem do que então era o maior navio já construído, Rose é uma jovem da alta sociedade prestes a se casar com seu rico noivo. Mas a bordo do Titanic conhece Jack Dawson e se apaixona pelo rapaz. Em meio ao intenso romance, ocorre o trágico acidente.

Dia de adoçar
o relacionamento


Não há nada mais inspirador hoje, Dia dos Namorados, do que um belo jantar. Ainda mais se o gesto de carinho é feito com as próprias mãos. Inspirada nisso, a apresentadora Bruna Di Tullio e a sua equipe ensinarão como adoçar os relacionamentos preparando clássica sobremesa francesa: o crème brûlée. Às 23h45, em A confeitaria, no canal Bem Simples.

Homens também se
dão bem na cozinha


Em dois episódios seguidos da série Homens gourmet, às 23h30, na Fox Life, os chefs brasileiros Carlos Bertolazzi, Dalton Rangel, Guga Rocha e João Paulo Alcântara ensinam como preparar receitas afrodisíacas e ajudar os casais no Dia dos Namorados. Entre os pratos, salada de bacalhau e ovo de codorna empanado.

Mente devastadora
de um ditador


O Nat Geo exibe, às 19h, o documentário Megalomania de Hitler. Desde o começo da guerra, o ditador planejava atacar os EUA. No mais audacioso dos planos, bombardeiros alemães desabariam sobre os arranha-céus de Manhattan como bombas. Hitler compreendia o enorme poder simbólico dos arranha-céus da cidade. E estava convencido de que essas missões suicidas teriam impacto psicológico devastador nos Estados Unidos. Com esse plano, o regime nacional-socialista esperava mudar o curso da guerra

CARAS & BOCAS » Simone Castro


Estado de MInas - 12/06/2013

ELA PODE!


O bordão “Isso pode!” da doutora Lorca, nutricionista que montava o cardápio a seu  bel- prazer, vivida por Fabiana Karla em Zorra total (Globo), cai como luva para a atual personagem da atriz e humorista, agora no papel da enfermeira Perséfone em Amor à vida (Globo). Ela se diz virgem e está à procura de um candidato para mudar essa situação. E tanto Perséfone “pode” que, finalmente, depois de algumas investidas, vai conseguir levar o fisioterapeuta Daniel (Rodrigo Andrade) para a cama. Olha que o rapaz não foi tão difícil. Bastou que a enfermeira o convidasse para umas cervejinhas no apartamento dela! Nas cenas previstas para ir ao ar no capítulo de hoje, os dois combinam de se encontrar lá e Perséfone, eufórica com sua tão esperada noite especial, decora tudo com velinhas aromatizantes, para “deixar o clima mais propício” à ocasião. Na sala, ele a vê de robe e começa a se despir. “Bora pro quarto!”, diz Daniel, cheio de vontade... No entanto, o dia seguinte será amargo para a romântica enfermeira, quando Daniel for um tanto rude. E, mais à frente, Perséfone passará a destratá-lo. Será que assim ele acabará se apaixonando? Fabiana Karla, que como a doutora Lorca colecionou vários personagens famosos no Zorra total, faz sua segunda novela. A estreia foi em 2003, em Mulheres apaixonadas, quando ela não era famosa e interpretava Célia, empregada de Lorena (Susana Vieira). Ano passado, ela foi Olga Bastos no remake de Gabriela (Globo).



ATOR QUE VIVEU DRACO
MALFOY ENCARA SÉRIE


Tom Feltron, que muitos conhecem como o malvado bruxo Draco Malfoy da saga Harry Potter, vai fazer televisão. De acordo com o site Deadline, ele vai coestrelar a série Murder in the first, do canal TNT. A trama se passa no Departamento de Polícia de São Francisco e os detetives de homicídio Terry Seagrave (Taye Diggs) e Hildy Mulligan (Kathleen Robertson) estão envolvidos em novo caso bastante intrincado. O personagem de Tom Felton é Erich Blunt, rapaz milionário e um
gênio da tecnologia.

ASTRO GARANTE QUE NÃO
ASSISTE A SEUS TRABALHOS


Como não acompanhar as peripécias de Tyrion Lannister na série Game of thrones, cartaz do canal HBO (TV paga)? Pois Peter Dinklage, anão que interpreta o adorado personagem, afirma que não assiste aos episódios da série em que trabalha. Quando perguntado sobre a próxima temporada – depois do eletrizante final da terceira –, ele respondeu ao site TMZ: “Não sei, não assisto.” Então, tá.

CRÍTICOS DE TV NOS EUA
ELEGEM OS MELHORES


O principal vencedor na categoria comédia do Critics choice, premiação que reúne críticos de televisão dos Estados Unidos realizada anteontem, foi o seriado The big bang theory. Já na categoria drama, Game of thrones e Breaking bad empataram, deixando para trás Mad men e Homeland. Bryan Cranston, protagonista de Breaking bad foi o melhor ator em série de drama pelo segundo ano consecutivo. Julia Louis-Dreyfus, que estrela a comédia Veep, ficou com o prêmio de melhor atriz de série de comédia. Já Louis C.K., de Louie, também pelo segundo ano consecutivo recebeu o prêmio de ator em série de comédia. Na noite em que os integrantes da Associação de Críticos de Televisão anunciaram suas escolhas, a surpresa ficou por conta de Tatiana Maslany, escolhida como melhor atriz de drama por Orphan black, em que interpreta uma mulher com várias identidades. O filme Behind the candelabra, da HBO, ganhou como melhor minissérie ou filme, e Michael Douglas, pela interpretação de Liberace, levou, na mesma categoria, prêmio de melhor ator.

VIVA
Agora, sim, Ingrid Guimarães encontrou seu lugar em Sangue bom (Globo). A personagem Tina, completamente sem graça, diz, finalmente a que veio em sua fase falsa.

VAIA
E Marcelo Adnet faz mais do mesmo no quadro que estreou no Fantástico (Globo). O humorista se repete como na MTV e continua deslocado e sem sal como em O dentista mascarado. 

Herói na vida real‏


Estado de Minas: 12/06/2013 




O ator John Malkovich, conhecido por interpretar vilões desequilibrados em uma carreira cinematográfica de 30 anos, assumiu o papel de herói na vida real ao correr para ajudar um homem que estava sangrando em uma rua de Toronto, no Canadá.

Jim Walpole, de 77 anos, e sua mulher Marilyn haviam acabado de sair de um bar no Centro da cidade, quando Walpole caiu e cortou o pescoço em um pedaço de andaime perto do Hotel King Edward.

Malkovich, que estava em Toronto para três dias para apresentar um espetáculo como Casanova, em The Giacomo variations, correu para o lado de Walpole quase que imediatamente e colocou pressão sobre o seu pescoço, de acordo com o porteiro Chris Mathias do hotel de luxo, que foi alertado sobre o incidente pela esposa de Walpole.

"No momento em que cheguei lá, John Malkovich já estava usando um lenço e segurando-o na ferida do cavalheiro, porque ele estava sangrando muito", disse Mathias. Walpole, que esteve lúcido durante todo o incidente, não reconheceu o ator indicado ao Oscar, que atuou em papéis nos filmes Ligações perigosas, Con Air – A rota da fuga e Quero ser John Malkovich.

Mathias disse que os paramédicos chegaram depois de cerca de 10 minutos. Walpole foi levado para um hospital próximo, para receber tratamento e já voltou para sua casa em Defiance, Ohio, nos Estados Unidos, relatou a mídia canadense. "A ambulância partiu, (Malkovich) olhou para mim e disse ‘isso foi intenso’", disse Mathias. "E ele meio que desapareceu na noite."

Estratégia para reduzir mortalidade materna-Sara Lira‏

Em média, 1.685 mulheres morrem no país, anualmente, durante a gravidez, o parto ou aborto, ou depois de terem o bebê. Para reverter os números, projeto nacional incentiva assistência integral à gestante e o parto normal 


Sara Lira

Estado de Minas: 12/06/2013 

A gravidez é uma fase importante em vários aspectos da vida de uma mulher, principalmente do ponto de vista da saúde. É um período em que, mais do que nunca, ela deve se voltar ainda mais para os cuidados com o próprio organismo, pois são muitos os perigos que podem cercar uma gestação sem acompanhamento médico adequado, até mesmo no período pós-parto. As possíveis complicações são variadas, como hipertensão, hemorragias e até mesmo infecções que podem levá-la à morte, preocupando a comunidade médica em todo o país. 

Apesar do alerta dos especialistas para os números de óbitos maternos, segundo o Ministério da Saúde, em 2011 houve uma queda de 8,3% no número de óbitos decorrentes de complicações na gravidez e no parto, em comparação com o ano anterior. Comparando os 20 anos compreendidos entre 1990 e 2011, a Razão da Mortalidade Materna (RMM) no país caiu quase pela metade, indo de 141 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos, para 63 óbitos/ 100 mil nascidos vivos, ou seja, uma redução de 55% na RMM. De acordo com o MS, o cálculo de mortalidade materna é feito em razão de cada 100 mil nascidos vivos para poder ser empregada uma metodologia de comparação e obter dados científicos. 

Se forem considerados os dados brutos nacionais sobre mortalidade materna durante a fase gestacional e no período de puerpério (até 40 dias após o parto), eles assustam um pouco mais: em média, de 2003 a 2010, 1.685 mulheres morreram, a cada ano, no país durante a gravidez, parto ou aborto, durante o puerpério até 42 dias, de 43 dias a 1 ano; ou tardiamente. As regiões com o maior número foram Sudeste e Nordeste. Entre esses anos, os que registraram maior número de óbitos foram 2009, com 1.884, e 2010, com 1.728. Os dados são do Datasus, oriundos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), gerido pelo Departamento de Análise de Situação de Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde, em conjunto com as secretarias estaduais e municipais de saúde brasileiras.

Segundo o Ministério da Saúde, um dos fatores que explicam a redução no número de óbitos/a cada 100 mil nascidos vivos é a instalação do projeto Rede Cegonha, que tem como uma das metas o incentivo ao parto normal humanizado e o estímulo a assistência integral das mães desde o planejamento reprodutivo até o pós-parto. Esse tipo de ação é tão importante para salvar vidas que corrobora os resultados de um estudo desenvolvido para uma tese de doutorado apresentada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que mostra que, em Belo Horizonte, mais de 70% das mortes maternas poderiam ter sido evitadas.

Segundo dados do Comitê de Prevenção do Óbito Materno, Fetal e Infantil da Secretaria Municipal de Saúde da capital mineira, no período de 2003 a 2010, dos 137 óbitos maternos registrados, 99 tinham classificação por evitabilidade e deste número, 86 foram consideradas como evitáveis, ou seja 72% das mortes. Os dados estão na pesquisa “O contexto e perfis característicos da mortalidade materna em Belo Horizonte (MG), 2003-2010”, defendida recentemente pela demógrafa Lilian Valim Resende na UFMG.

Segundo ela, o objetivo do trabalho foi avaliar a mortalidade materna em Belo Horizonte de 2003 a 2010 com a intenção de identificar os perfis das mulheres que morreram e os fatores associados aos óbitos. O trabalho também constatou a percepção de familiares em relação às mortes. De acordo com Lilian, foram identificados dois perfis de óbitos na capital mineira. “Um é o das mulheres que morreram no parto pós-cesária. Elas até chegaram a fazer pré-natal. Muitas dessas mulheres morreram principalmente por síndromes hipertensivas como pré-eclâmpsia ou eclâmpsia, infecções pós-parto e hemorragias. Neste caso, os bebês sobreviveram. Já no outro grupo, com um número menor de pessoas, os óbitos registrados foram de mulheres que morreram durante a gestação ou em decorrência de abortos provocados”, explica.

No estudo, a demógrafa também ouviu familiares das mulheres que morreram e eles sugeriram falhas na assistência prestada à saúde da mulher. “O planejamento reprodutivo, sobretudo para adolescentes e mulheres que apresentaram problemas em gestações anteriores, a atenção qualificada, com captação precoce da gestante no pré-natal, encaminhamento ao pré-natal de alto risco, valorização das queixas das mulheres e busca ativa, nos casos em que a gestante por algum motivo interrompeu a assistência, foram alguns dos fatores discutidos em termos de evitabilidade das mortes maternas”, destaca Lilian.

Pré-natal é fundamental

Para especialistas, um dos fatores que mais ajudam a evitar mortes maternas é um pré-natal adequado, uma vez que este acompanhamento auxilia no curso positivo da gravidez, tanto para a mãe como para o bebê. “Gravidez não é doença, mas é um estado diferente, pois há alterações orgânicas e funcionais que propiciam o desenvolvimento de doenças”, destaca o presidente da Sociedade Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia da Infância e Adolescência (Sogia-BR), José Alcione Macedo Almeida. 

Segundo a ginecologista e obstetra Cláudia Navarro Lemos, alguns fatores são mais comuns no caso de morte na gravidez. Um deles é a pré-eclâmpsia, um aumento da pressão arterial em conjunto com edemas (inchaços) pelo corpo e perda de proteína pela urina. Caso não tratada, ela pode se agravar e evoluir para a eclâmpsia, que é quando a gestante tem convulsões, podendo apresentar sangramento vaginal e até entrar em coma. Essa complicação mais grave pode ocorrer antes, durante ou depois do parto. De acordo com Cláudia, outro fator de mortalidade são as hemorragias, que podem ocorrer por uma série de razões, como por exemplo um aborto provocado, um trabalho de parto que foi muito demorado ou uma gravidez tubária rota (quando o óvulo fecundado começa a se desenvolver nas tubas uterinas e não no útero).
As infecções também podem levar a gestante à óbito, tanto as que ocorrem durante a gestação quanto as puerperais, ou seja, até40 dias após o parto. “Elas ocorrem porque o útero ainda está aumentado e ele fica sangrando por alguns dias. O sangue é um meio de cultura para as bactérias e uma bactéria na vagina pode subir para o útero, afetando-o e desenvolvendo uma infecção que pode ser severa e até levar à morte. No puerpério a mulher está mais vulnerável e seu organismo caminha para o retorno das condições normais, por isso há uma susceptividade maior para determinadas doenças e agravamentos ”, explica o presidente da Sogia-BR, José Alcione Macedo.

Um outro fator que pode ajudar a diminuir o número de mortes maternas é o incentivo ao parto normal, pois ele é considerado o procedimento mais adequado. “Não há dúvidas de que a porcentagem de cesárias está acima do indicado, mas as entidades médicas têm lutado para diminuir isso”, afirma Cláudia Navarro. “O parto cesariana é uma alternativa apenas para salvar paciente e bebê quando o parto normal não ocorre de forma natural”, completa o presidente da Sogia-BR.
Para além dos partos, os médicos afirmam que uma gravidez planejada e um pré-natal feito de forma correta são os principais meios de se evitar a mortalidade materna. “O que se aconselha é que o pré-natal seja feito desde o início da gravidez, pois é isso que propicia o controle da saúde do bebê e da mãe. As mulheres têm que entender que o pré-natal é a chave de tudo”, acrescenta José Alcione.

Estratégia nacional
A Rede Cegonha é uma espécie de estratégia lançada em 2011 pelo governo federal, que tem como metas incentivar o parto normal humanizado e intensificar a assistência integral à saúde de mães e filhos, desde o planejamento reprodutivo, passando pela confirmação da gravidez, pré-natal, parto, pós-parto, até o segundo ano de vida da criança. A rede também prevê que as crianças tenham o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis. As ações contemplam a expansão e a qualificação do pré-natal, das maternidades, leitos, centros de parto normal e casas da gestante, do bebê e puérpera. Para a construção de uma rede de cuidados primários à mulher e à criança, o Ministério da Saúde prometeu investir R$ 9,4 bilhões até 2014. Atualmente, 4.936 municípios de todos o país já aderiram à estratégia e mais de 2,2 milhões de mulheres são atendidas pela Rede Cegonha, que correspondem a 94% do total de gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS).

Mais cerveja, gastando menos água - Carlos Brito‏


Carlos Brito
CEO da Anheuser-Busch InBev


Estado de Minas: 12/06/2013 


A agricultura utiliza 70% do consumo mundial de água doce, de acordo com a Organização para Alimentação e Agricultura da ONU. Na indústria de alimentos e bebidas, a maior parte desse consumo é proveniente do cultivo de matérias-primas, como cevada e trigo, para nossos produtos. Como os recursos são fundamentais para toda a indústria, a Anheuser-Busch InBev anunciou recentemente que está ampliando esforços para reduzir o impacto ambiental, incluindo água, energia e embalagens.

No passado, fomos bem-sucedidos concentrando esforços dentro de nossas cervejarias e desenvolvendo as melhores práticas para o negócio. Queremos agora ampliar o alcance do compromisso ambiental e incorporar as lições que aprendemos até aqui. Para tanto, consultamos stakeholders e adotamos uma abordagem focada em identificar onde os recursos e esforços terão o maior impacto.

Os objetivos da companhia para 2017, que serão compartilhados entre 24 países, são definidos com base em 2012. Queremos trabalhar em sinergia com parceiros locais para melhorar a gestão da água em regiões-chave de cultivo de cevada; participando da proteção de mananciais onde temos instalações fabris em sete países, incluindo o Brasil.

Reduzir o uso global para uma quantidade de ponta de 3,2 hectolitros de água por hectolitro de produção; reduzir em 10% as emissões de gases de efeito estufa globais por hectolitro de produção; reduzir o uso global de energia por hectolitro de produção em 10%; e reduzir em 100 mil toneladas os materiais usados para as embalagens são outras das nossas metas, que seguem alinhadas com a proposta de que 70% dos refrigeradores anualmente devem ser de modelos mais ecológicos.

Durante anos, oferecemos assistência técnica para ajudar os produtores a aproveitar ao máximo seus insumos, e isso produziu resultados reais. No Brasil, por exemplo, estamos explorando os benefícios da rotação da cultura de cevada e doando mudas de árvores para os produtores para criar cinturões verdes em torno dos campos, o que ajuda a proteger as culturas contra os danos do vento, aumentar a biodiversidade e sequestrar as emissões de carbono. Nos EUA, um produtor no Sul do Idaho descobriu que a mudança para as variedades de cevada de inverno que compramos tem ajudado a aumentar a produção e produzir culturas de maior qualidade que exigem até 20% menos água para o cultivo.

Aproveitando o programa de longa data com produtores de cevada, identificamos as principais regiões agrícolas com base em uma avaliação de risco de água de nossa cadeia global de fornecimento de cevada, e definimos uma meta a parceria com os stakeholders locais para reduzir os riscos de água e melhorar a gestão da água em cada uma de nossas principais regiões de cultivo de cevada.

Embora estejamos orgulhosos das realizações anteriores, podemos ir mais longe, e nós o faremos. Como principal fabricante de cerveja do mundo, temos responsabilidade com as comunidades em que vivemos e trabalhamos, para garantir o uso da água da forma mais eficiente e consciente possível em nossas instalações.

Nosso sonho de ser a melhor empresa de bebidas em um mundo melhor, e nossa cultura de responsabilização e melhoria contínua, é o que nos move. O histórico de realizações anteriores e os novos objetivos incorporam esses valores. Embora ambiciosos, eles vão continuar a desafiar-nos a melhorar o desempenho operacional, reduzir impacto ambiental e melhorar a sustentabilidade em longo prazo da empresa, adotando uma ação coletiva com os stakeholders. Trabalhando juntos, vamos continuar a ser a força motriz por trás de todas as melhorias que fazemos.

Eduardo Almeida Reis-Renovação‏

Sonho com um sistema em que, sem carteira, só dirijam os que realmente sabem e são poucos 


Eduardo Almeida Reis

Estado de Minas: 12/06/2013 

Renovei minha CNH pela milésima vez, considerando que a primeira foi contemporânea da invenção do automóvel. Tudo rápido, barato, nos horários estabelecidos, carteira entregue em domicílio. Pormenor curioso: sou contra a CNH, porque entendo que não ensina a dirigir. Sonho com um sistema em que, sem carteira, só dirijam os que realmente sabem e são poucos. O que tem de barbeiro por aí não está no gibi, está nas ruas e nas estradas, não raras vezes com apreciável quantidade de álcool no bucho.

De todas as renovações, a mais divertida foi no Detran do Rio. Velho amigo tinha o dom de ser amigo de milhares de pessoas. Era mesmo: gostava das pessoas, que também gostavam dele. Quando informado de que era chegada a hora de renovar minha CNH, telefonou para o diretor do Detran-RJ, que, por sua vez, mandou a chefe da seção de renovações, com escritório num velho galpão da Lapa, me receber às 11h.

Pontual que sempre fui, cheguei quando faltavam 15 minutos para as 11h e me apresentei ao contínuo da excelente senhora, chamado Manso, nome que não esqueço. O contínuo me anunciou à chefe e começamos a prosear na saleta da recepção. Conversa vai, conversa vem, meia hora, uma hora, hora e meia de atraso e a chefe não me recebia.

Por volta das 13h, o rapaz me perguntou: “O que é que tu quer?”. Expliquei-lhe que só queria renovar a carteira de motorista. E ele: “Vem comigo”. Entramos no galpão imenso, passamos pelo médico e ele disse: “Doutor, assina aqui que o rapaz é da casa”. Em 10 minutos, pegou carteira nova numa pilha de CNHs virgens, colou minha fotografia, achou quem datilografasse os meus dados e me entregou o documento válido por 5 anos, tudo numa rapidez que honrava o serviço público brasileiro.

Convidei-o para almoçar num restaurante vizinho, muito conhecido, entornamos duas dúzias de ótimos chopes, ficamos amigos. Por volta das cinco da tarde daquele mesmo dia, a chefe da seção telefonou para o diretor do Detran, que telefonou para o nosso amigo dizendo que a excelente funcionária estava sem almoço, à minha espera, desde as onze da manhã.

Aeroporto do Galeão
Pergunto ao caro e preclaro leitor: você tem passado pelo Aeroporto do Galeão? Gênio da música, Antônio Carlos Jobim não merecia a desfeita de ter o seu ilustre nome associado àquela choldra. A Copa das Confederações aí está e o aeroporto continua daquele jeito. Faz tempo que não passo por lá, mas tenho amigos que adoram viajar e me dizem das escadas rolantes que não rolam, dos banheiros imundos, das lixeiras transbordantes: aeroporto de quarto mundo.


Enquanto isso, um alemão que exporta para o Brasil ferramentas de largo consumo, disse ao seu distribuidor nacional: “Vocês vão ter uma Copa 2014 sensacional! Vai ser a melhor de todos os tempos!”.
O distribuidor não entendeu e informou ao industrial alemão que os estádios estão quase prontos, mas o resto continua daquele jeito. E o teuto, em bom inglês: “É por isso mesmo. Hotéis horríveis, comida caríssima, transportes na Idade da Pedra, segurança precária, mas conto os dias para viajar: vocês são muito alegres. Adoro esta bagunça”. E repete mess e shambles pelo telefone internacional, para seu distribuidor entender que fala da nossa confusão, da nossa bagunça.

Paisagem
Que faz o milionário mineiro quando compra um jatinho? Contrata pilotos, escolhe as viagens e se limita a ficar espiando a paisagem. Sabe fazer pouquíssimas coisas, como fechar os cintos de segurança – e é só. Exatamente o que venho fazendo, depois de muito ruminar sobre informática: desisti de tentar entender esta josta. Vejo a paisagem no sentido de consultar o Google, os dicionários eletrônicos, estas comodidades; escolho os assuntos sobre as quais vou escrever. Os “pilotos” são contratados quando a josta enguiça e funcionam como mecânicos informáticos.

O mundo é uma bola
12 de junho de 1186: Afonso VIII, de Castela, funda a cidade de Plasencia, que ninguém conhece, mas ainda existe. Fica na Província da Cáceres, comunidade autônoma da Extremadura, orça pelos 44 mil habitantes. Diz a Wikipédia que Plasencia tem o Centro Histórico bem conservado. Você, leitor viajante, já esteve por lá?


Em 1429, na Guerra dos Cem Anos, Joana D’Arc lidera o exército francês no segundo dia da Batalha de Jargeau. Considerando que a Guerra dos Cem Anos deve ter começado em 1337, andava próxima de inteirar o centenário e acabou durando 116 aninhos. Dizem que o exército comandado por Joana matou 400 inimigos em Jargeau. Joana foi canonizada, como também o foi dom Nuno Álvares Pereira, que matou espanhóis a mancheias na Batalha de Aljubarrota.


Em 1987, Espanha e Portugal aderem à Comunidade Econômica Europeia, a CEE, que vem fazendo água. Em 1915 nasceu o banqueiro americano David Rockefeller, dono de imensa fazenda no Pantanal do MS. No dia em que foi conhecer os seus 450 mil hectares, com a secretária e um diretor de seu banco, cismou de caçar onças-pintadas. Conto sua caçada amanhã, que o espaço de hoje zé fini.
Hoje é o Dia dos Namorados. Aproveitem, que a próxima etapa, o casamento, é dose.

Ruminanças
“Melius nil caelibe vita – Nada é melhor do que a vida de solteiro” (Horácio, 65-8 a.C.).

Marcelo Coelho

folha de são paulo
A criação do mundo
Nas fotos de "Genesis", Sebastião Salgado parece construir o planeta com as próprias mãos
As florestas estão desaparecendo, as geleiras derretem, o aquecimento global preocupa, mas certamente uma coisa não falta no planeta. Refiro-me às fotografias da vida selvagem.
Nada contra esse tipo de fotos. São invariavelmente lindas: revoadas de colhereiros, visões aéreas da Amazônia, índias com filhos na rede e na escuridão.
Quem pensa já ter visto tudo a esse respeito vai mudar de ideia, provavelmente, se abrir o novo livro de Sebastião Salgado.
"Genesis" (editora Taschen) é um volume bem grande e pesado, com fotografias em preto e branco do artista mineiro, tiradas nos lugares mais remotos do mundo. Lá estão os índios, os baobás, as geleiras, os platôs e os pinguins.
Mas o que vejo nesse livro não tem comparação com nada do que eu conhecia. É como se, até agora, eu tivesse ouvido apenas uma caixa de música e descobrisse, ao vivo e na frente da orquestra, uma sinfonia de Beethoven.
Em vez de mostrar uma espécie de pureza idílica e bonitinha, as fotos de Sebastião Salgado surgem numa erupção de dramaticidade, de agonia, de poder.
Talvez nosso hábito seja o de pensar as reservas ecológicas como algo de "intocado", de perfeito em si mesmo, que se espraia na total ausência do homem.
Justamente, o livro de Sebastião Salgado não se chama "Éden" nem "Paraíso". O título "Genesis" dá a impressão de que algo está ainda a ser criado, de que forças gigantescas e, de certo modo, feitas à imagem e semelhança do próprio homem, estão sem descanso a fabricar o mundo.
A formação de cacto que nasce no meio de um derramamento de lava, nas ilhas Galápagos, não parece "estar ali", de forma "natural". É como se tivesse sido plantada por um jardineiro raivoso e enlouquecido, ainda exausto do esforço de derreter a pedra e movê-la, aos golpes, pela encosta do vulcão.
Viramos as páginas, e encontramos na África um grupo de elefantes. O que era bicho, entretanto, achata-se na foto, ganhando a simetria mineral de uma barreira de basalto.
O melhor modo de resumir o impacto dessas fotos seria dizer, acho, que Sebastião Salgado não parece trabalhar simplesmente com os olhos e a lente da câmera. É como se, em vez dos olhos, ele usasse as mãos.
Ele conta, no prefácio do livro, que depois de presenciar cenas de brutalidade extrema em países como Ruanda, tinha perdido a esperança na humanidade. Na mesma época (fim da década de 1990), foi cuidar de uma propriedade em Minas Gerais que, no passado, tinha sido a fazenda de gado de sua família.
Sebastião Salgado e sua mulher, Lélia Wanick Salgado, dedicaram-se (com sucesso) ao reflorestamento do lugar. Talvez venha daí a sensação de voluntarismo, de poder, de empreitada, que as fotos transmitem. O mundo natural surge como resultado de um trabalho titânico.
E, nas fotos de alguns bichos, não há como não reconhecer algum tipo de marca demasiado humana. Um tartarugão nos olha como se fosse James Cagney, num dos seus papéis de gângster, mandando-nos embora da região sob seu domínio.
A pata de um lagarto, cinco dedos sobre a pedra, ao mesmo tempo delicada e agressiva, vive uma inteligência própria --talvez porque sejam especialmente humanas as proporções do pulso e do antebraço.
Quando aos índios, vivam eles na América, na África ou perto do polo Norte, a visão de Salgado supera, sem negá-los, os pressupostos da antropologia. De um lado, em muitas fotos ele capta o que há de mais "diferente", de mais exótico possível.
Uma cultura africana, por exemplo, usa adornos no lábio inferior que fazem os batoques dos índios brasileiros um enfeitizinho de criança tímida.
Ao mesmo tempo, Sebastião Salgado não abandona um olhar "estético" e "ocidental" sobre muitas das pessoas retratadas. A beleza de alguns rostos e corpos é valorizada ao extremo em suas fotos. Em outra imagem, um grupo de velhos xamãs kamayurá posa solenemente, contra um fundo do mais absoluto negro --e não há dúvida de que o fotógrafo se inspirou, aqui, nos retratos coletivos de Rembrandt.
Ocidente, Oriente, norte, sul: não se trata, em "Genesis", da atitude paternalista de celebrar nossas "diferenças" ou nossa "fraternidade planetária". Sebastião Salgado humanizou tudo, na verdade, graças ao procedimento inverso. Vê o mundo como se estivesse de fora, como se fosse ele próprio uma força impessoal, cujo amor só se expressa em energia, em criação.

Autodidata, Gorender deixou dois clássicos da historiografia brasileira

folha de são paulo

Análise: 

MAURICIO PULS
DE SÃO PAULO

Jacob Gorender (1923-2013) deixou duas contribuições fundamentais à historiografia brasileira. Lançado em 1978, sete anos após sua saída do presídio Tiradentes, "O Escravismo Colonial" abriu novo caminho para a interpretação do período colonial.
Distanciando-se das concepções dominantes, que tratavam o escravismo como uma modalidade de capitalismo atrasado (como Caio Prado Jr.) ou de feudalismo incompleto (Alberto Passos Guimarães), Gorender passou a considerá-lo como um modo de produção autônomo.
Com isso, ele permitiu uma compreensão mais profunda de algumas de suas características -como a dinâmica da população escrava- e dissolveu mitos que ainda persistiam na época -como a impossibilidade do emprego de escravos na pecuária.
A segunda grande obra de Gorender foi "Combate nas Trevas". Publicada em 1987, tornou-se rapidamente uma das principais fontes de referência sobre a luta armada no Brasil. Sua imparcialidade como historiador era atestada inclusive por expoentes da própria ditadura militar. O ex-ministro Jarbas Passarinho sempre o considerou um "historiador honesto", a "quem leio sempre com o cuidado de não me deixar convencer".
O último grande estudo de Gorender foi "Marxismo sem Utopia" (1999), no qual defendia a necessidade de uma atualização do marxismo. O livro rendeu ao autor, no ano seguinte, o Troféu Juca Pato de "Intelectual do Ano".
Tendo dedicado sua vida à militância política, Gorender não conseguiu concluir sua formação acadêmica, o que dificultou a absorção de seus trabalhos pela academia. Começou a estudar direito em 1941, mas interrompeu o curso em 1943 para se alistar voluntariamente na Força Expedicionária Brasileira.
Só em 1994 ele recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal da Bahia. De 1994 a 1996 foi professor visitante do Instituto de Estudos Avançados da USP. Ainda em 1996, recebeu o título de especialista de notório saber da USP, o que lhe permitiu integrar bancas de mestrado e doutorado e lecionar na pós-graduação da mesma universidade.

Historiador e militante comunista Jacob Gorender morre em São Paulo

FABIANO MAISONNAVE
DE SÃO PAULO

Protagonista de uma das trajetórias mais singulares da história recente, o intelectual autodidata, dirigente comunista, preso político e veterano da 2ª Guerra Mundial Jacob Gorender morreu ontem aos 90 anos, em São Paulo.
Foi autor de "O Escravismo Colonial", de 1978 e de "Combate nas Trevas", de 1987, sua obra mais conhecida, um clássico sobre a história da esquerda durante da ditadura militar.
"Gorender descreveu e questionou práticas problemáticas das organizações da luta armada, como o justiçamento de militantes. Ao abrir esse debate, provocou uma consideração mais complexa sobre as esquerdas", disse o brasilianista James Green, da Universidade Brown.
A presidente Dilma Rousseff, em nota, lamentou a morte "do amigo e companheiro Jacob Gorender", "um pensador do Brasil". A presidente disse ter recebido com "tristeza" a notícia e deixou condolências a seus amigos.
"Nós nos conhecemos presos no Dops, em São Paulo. Ele estava convalescente de torturas e foi conselheiro importante num momento crucial na minha vida", afirmou.
"Gorender tem importância tanto pela trajetória, que acompanha o Brasil desde os anos 1940, quanto por morrer falando, sem medo de uma posição crítica", diz a professora de história da USP Maria Aparecida de Aquino.
FUNDADOR DO PCBR
Gorender nasceu em Salvador em 20 de janeiro de 1923, filho de imigrantes judeus russos. Em 1941 entrou para a Faculdade de Direito de Salvador, época em que se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Ele interrompeu os estudos em 1943 quando, aos 20 anos, se alistou na Força Expedicionária Brasileira. Lutou na Europa em batalhas como a de Monte Castelo, na Itália.
Finda a guerra, mudou-se para o Rio, onde trabalhou em jornais de esquerda e, em 1953, para São Paulo. Dois anos depois, embarcou para Moscou, onde permaneceu até meados dessa década.
O Golpe de 64 pegou o PCB de surpresa e rachou o partido. Gorender foi expulso em 1967. No ano seguinte criou o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), junto com Apolônio de Carvalho e Mário Alves.
"Há um debate no PCB com três correntes. A do [Luís Carlos] Prestes, de resistência na legalidade; a do [Carlos] Marighella, luta armada estilo foco guerrilheiro; e a de Gorender, Carvalho e Alves, que era a combinação de organização de partido, trabalho de massas e luta armada", disse o sociólogo Emir Sader.
Gorender acabou preso em São Paulo, em 1970. Por não ter participado de nenhuma ação armada, foi condenado a dois anos, mas não se livrou de ser torturado várias vezes.
Companheiro de cela, o jornalista Alípio Freire disse que, uma vez por semana, dava aulas sobre escravidão. Os livros de história eram trazidos pela mulher, Idealina, já morta, com quem Gorender teve uma filha, Ethel. Libertado, trabalhou como tradutor e passou a escrever.
"Foi um grande dirigente político e um grande intelectual ao mesmo tempo", afirmou Sader.
Colaborou TAI NALON, de Brasília
Eduardo Knapp/Folhapress
O historiador Jacob Gorender em sua casa, no bairro da Pompéia, em São Paulo; ele morreu nesta terça (11), na capital paulista
O historiador Jacob Gorender em sua casa, no bairro da Pompéia, em São Paulo; ele morreu nesta terça (11), na capital paulista